02/03/2009

PÓS-CONGRESSO


Joaquim Jorge

O congresso do PS já passou deixou uma marca indelével de profissionalismo , capacidade de dar uma imagem positiva e acção.
Mas agora no seu rescaldo as atenções viram-se para o que vai fazer Manuel Alegre e muitos dos que não concordam com este unanimismo que aparenta mais do que vale.

Os partidos precisam de listas abertas e pensamento diversificado . A indigência e trivialidade deste congresso socialista pelo pensamento único , querendo dotar o Estado de uma estrutura monocrática ( o monopólio da verdade , das virtudes e das acções políticas ).
Viu-se aqui a desvergonha pessoal da fobia na carreira e dos happenings para lá chegar , é o triunfo da desmoralização da causa pública.

Percebo muito bem o que diz António Bracinha Vieira : « nunca votei para que alguém governasse. Votei para que aqueles que iam governar governassem com um pouco menos de força». A culpa é nossa devíamos ser um povo mais culto e ter cuidado nas escolhas que fazemos quer nos partidos quer no Governo , e o grau de exigência fosse o devido e não o mal menor.

Todavia a culpa também é do PSD como partido da oposição . Aonde anda o PSD ? Porque não apresenta propostas exequíveis aos portugueses ? E aponta um caminho ?

A seguir ao Congresso seria importante os portugueses saberem o que pensam e o que pretendem. O PSD parece uma banda de cadáveres políticos ridiculamente dividida e entregue à autodestruição. Mais parece uma casta de dirigentes de salão que vive longe dos problemas dos cidadãos. É preciso ganhar a batalha da hegemonia social . O PSD parece um ente neutro, inofensivo , pálido e sem identidade.


citado na rubrica blogues do JN pág.33 do dia 3/03/2009