26/03/2009

FÚRIA SOCIAL


Joaquim Jorge

Os protestos contra a crise estão a tornar -se uma bola de neve que não sabemos onde vai parar.
No bairro de Morningside em Edimburgo , a casa de Fred Goodwin ( ex-presidente do Royal Bank) foi cercada , partiram vidros das janelas da residência e do seu luxuoso carro devido à sua pensão milionária . Em França vários funcionários mantiveram refém o director da 3M , exigem melhores indemnizações e garantias de emprego. Esta fúria social e agressividade causada por problemas económicos desde que não desçam ao caos e apresentem propostas alternativas podem gerar mudanças no sistema. Os poderosos e administradores estão na "maior" e os funcionários na "pior" . Recebem indemnizações "chorudas" e outros "ínfimas" . Uns são "despedidos" outros recebem "prémios" . Uns têm "altas regalias" e outros "pequenas regalias" ou nenhumas. Estes senhores que são uma minoria das minorias dão-se ao luxo de fazer tudo o que lhes apetece , não sendo responsabilizados por nada , tendo o desplante de decidirem as suas propostas de remuneração , indemnização , pensão e benefícios.
Esta fúria social ameaça alastrar . Estes comportamentos e atitudes provocam um choque enorme e levam à revolta. O número de pessoas desesperadas está a aumentar , muitos estão assustados ainda têm emprego , mas quando lhes tocar no bolso será imprevisível. A tormenta ainda não está no seu apogeu pois a classe média ainda vai respirando. É preciso pôr cobro a estas situações deploráveis porque a profundidade do mal-estar económico e na população pode levar a reacções incontroláveis. Controlem esses senhores , as suas contas e os seus passos , senão a agitação social está em crescendo . Oxalá me engane ,mas chegará a Portugal !