Joaquim Jorge
Ontem comemorou-se o dia do Consumidor . O baixo nível de participação e reclamação da sociedade portuguesa é transversal a todas as actividades, o que tem repercussões directas na qualidade dos serviços. O registo de reclamações, não é significativo, não porque os serviços tenham qualidade mas porque em Portugal o queixoso, é pusilânime e pueril, não tendo o hábito de o fazer por escrito. Quem compra /consome um qualquer bem tem o direito de que essa "coisa" cumpra eficazmente a função que justificou a sua aquisição. A maioria dos portugueses não têm a noção dos seus direitos que os impele à reacção. Há um enorme défice de informação para o consumo, do conteúdo próprio de cada um dos direitos que o ordenamento jurídico reconhece aos consumidores. Contudo a consciência dos direitos por parte dos consumidores, está a melhorar e as reclamações estão a aumentar. A passividade não é o caminho mas sim interiorizar a ideia que vale a pena reclamar. O encolher dos ombros não é a solução. O Estado tem-se portado mal com os contadores de água . Os bancos e as seguradoras também , assim como as empresas de telecomunicações , para não falar das agências de viagens. E fico -me por aqui senão nunca mais terminava este post...