Mário Russo
Sócrates preferiu ficar no seu congresso de unanimidade, em que nada se discutia e nada era posto em causa, face ao “lambe-botismo” presente, com raras e honrosas excepções, como a de Manuel Maria Carrilho, entre uma meia dúzia de outros, mas silenciados.
O que se viu foi um desfile de vaidades e de gente mostrando-se para as fotografias, para não ser esquecida nos tradicionais carnavais de lugares do poder. Não se discutiu absolutamente nada de interessante tendo em vista a superação da crise e do nosso futuro, a não ser o elencar propagandístico das medidas ditas à esquerda tomadas pelo governo, à última hora, soando a vitupério.
Portugal insurgiu-se, e bem, ante o directório dos grandes da UE que se reuniu para debater a crise, sem a maioria dos países. O desconforto foi grande e Portugal marcou pontos. No entanto, Sócrates desbaratou-os com medo de estar presente. Até dá para perguntar: reclamou e agora desvaloriza-a?
Não se compreende que num forum onde de facto se discutem medidas anti-crise que podem afectar-nos a todos, Sócrates mande o seu ministro da Finanças, pese embora a sua competência na matéria, mas sem o peso político que o evento exige, que é a presença dos chefes de Governo e de Estado, como de resto se verifica.
Em minha opinião Sócrates mostrou fragilidades ao estar ausente. Poderia fazer o pleno e não o fez. As consequências só não serão piores porque tem um aliado forte que é a desorganização do PSD, destroçado e em que cada um “mata” o seu companheiro, num festival autofágico comandado pelos “comentadores” do costume, verdadeiros devoradores de líderes do seu partido. Mas mesmo assim pode dar-se mal à esquerda.
A ausência na Cimeira invoca duas premissas, ou a Cimeira é importante e Sócrates desvalorizou Portugal, sugerindo que somos mesmo insignificantes, dando razão a quem organizou a cimeira do directório, ou então é um encontro de turismo de fim-de-semana e é uma vergonha, porque estamos a brincar com o fogo, gastando milhões em reuniões inconsequentes. Não creio. É nestas ocasiões que emergem os lideres, que constatamos não ter.
E assim vai a nossa política neste cinzento e triste país em que se mata o sonho e a esperança a cada dia que passa.
Sócrates preferiu ficar no seu congresso de unanimidade, em que nada se discutia e nada era posto em causa, face ao “lambe-botismo” presente, com raras e honrosas excepções, como a de Manuel Maria Carrilho, entre uma meia dúzia de outros, mas silenciados.
O que se viu foi um desfile de vaidades e de gente mostrando-se para as fotografias, para não ser esquecida nos tradicionais carnavais de lugares do poder. Não se discutiu absolutamente nada de interessante tendo em vista a superação da crise e do nosso futuro, a não ser o elencar propagandístico das medidas ditas à esquerda tomadas pelo governo, à última hora, soando a vitupério.
Portugal insurgiu-se, e bem, ante o directório dos grandes da UE que se reuniu para debater a crise, sem a maioria dos países. O desconforto foi grande e Portugal marcou pontos. No entanto, Sócrates desbaratou-os com medo de estar presente. Até dá para perguntar: reclamou e agora desvaloriza-a?
Não se compreende que num forum onde de facto se discutem medidas anti-crise que podem afectar-nos a todos, Sócrates mande o seu ministro da Finanças, pese embora a sua competência na matéria, mas sem o peso político que o evento exige, que é a presença dos chefes de Governo e de Estado, como de resto se verifica.
Em minha opinião Sócrates mostrou fragilidades ao estar ausente. Poderia fazer o pleno e não o fez. As consequências só não serão piores porque tem um aliado forte que é a desorganização do PSD, destroçado e em que cada um “mata” o seu companheiro, num festival autofágico comandado pelos “comentadores” do costume, verdadeiros devoradores de líderes do seu partido. Mas mesmo assim pode dar-se mal à esquerda.
A ausência na Cimeira invoca duas premissas, ou a Cimeira é importante e Sócrates desvalorizou Portugal, sugerindo que somos mesmo insignificantes, dando razão a quem organizou a cimeira do directório, ou então é um encontro de turismo de fim-de-semana e é uma vergonha, porque estamos a brincar com o fogo, gastando milhões em reuniões inconsequentes. Não creio. É nestas ocasiões que emergem os lideres, que constatamos não ter.
E assim vai a nossa política neste cinzento e triste país em que se mata o sonho e a esperança a cada dia que passa.