Daniel Braga
Será que aconteceu alguma desgraça para além da desgraça de haver 500 mil desempregados, fábricas a fechar, o desemprego a continuar a subir em flecha, o poder de compra dos portugueses a descer na mesma proporção, a escola pública em efervescência, a insegurança a aumentar a olhos vistos e a violência cada vez mais violenta (pese o pleonasmo)? Ou terá sido apenas um jogo de futebol apimentado por beneficiados e prejudicados, com um pretenso penalti que não existe? Será que um jogo de futebol vale toda a espécie de impropérios lançados por dirigentes, treinadores, jogadores, comentadores e pretensos comentadores, jornalistas , etc, querendo sacrificar uma pessoa, que é isso mesmo, um ser humano com qualidades e defeitos que tal fardo acarreta, culminando pela espiral de violência que tais palavras significam , por ameaças de morte ao árbitro em causa, causando mal-estar à sua família, tendo ele , Lucílio Baptista faltado ao emprego (sim , o dito senhor trabalha, não faz do futebol a sua profissão, ao contrário de outros…). E se a ameaça se concretizar? A quem pedir responsabilidades criminais? A Soares Franco? A Paulo Bento? A Filipe Vieira? A Pinto da Costa? A Dias Ferreira? A todo o género de pessoas com responsabilidade que todos os dias , em vez de acalmarem, incendeiam e atiram achas para a fogueira para ver se um dia o “circo” pega fogo? Os grandes culpados do que se passa no futebol português não são os árbitros mas sim os clubes e seus dirigentes que para atenuarem as suas incapacidades de administrar a gestão (ruinosa) dos seus clubes arranjam estes “fait- divers” para atirarem poeira para os olhos dos seus apaniguados e adeptos. Tenham vergonha senhores dirigentes do futebol português, senhores jornalistas responsáveis pelos jornais de maior tiragem com artigos perfeitamente patéticos a justificar o injustificável ( ver última página do jornal “Record “ de hoje, justificando a atitude inqualificável do jogador Pedro Silva). Louve-se a atitude do treinador Quique Flores (não é português…) que perante uma atitude de injustiça (perante o penalti mal assinalado contra o Benfica no último Porto /Benfica, justificou dizendo qualquer coisa como “ ser árbitro é difícil e temos de aceitar os seus erros" Um conselho aos árbitros de futebol: deixem de arbitrar jogos e os dirigentes que façam de árbitros e vão lá para dentro apitar (se forem tão bons a apitar como são a gerir os seus clubes estamos conversados…). Muito mal vai este (podre) futebol luso…