16/02/2009

A sentença de morte


O Secretário-Geral do Partido Socialista, José Sócrates, apresentou a semana passada os princípios que iriam orientar a sua moção para o próximo Congresso a realizar em Espinho. Como é seu costume, perorou sobre o programa que iria implementar na próxima governação, mastigando e repetindo as mesmas políticas e as mesmas promessas, sempre adiadas. Aplaudido pelos seus correlegionários escolhidos a dedo, teve, porém,uma espécie de interregno traiçoeiro, quando disse, quase no fim da sua intervenção, que o seu governo iria considerar o casamento entre homossexuais. Aí a plateia esmoreceu e só metade da assistência bateu as palmas, obrigatórias e tímidas, para secretário-geral ver e ouvir. Estava dado o sinal de alarme Sócrates ficou amarelo e acabou o discurso um pouco frustrado e hesitante.Estava dada a sua sentença de morte! Na verdade,o insólito tema mexe, não com a crença religiosa de cada um (a religião nada tem a ver com o assunto), mas sim com a sensibilidade natural de um ser humano nas suas plenas e normais faculdades mentais. A família é o sustentáculo de qualquer sociedade devidamente organizada. A sua destruição é o colapso de toda a organização social e política de um país e um passaporte perigoso para uma viagem sem retorno. Daí, estarmos perplexos perante o anúncio de José Sócrates em querer destruir a família propriamente dita, aquela que é o alicerce seguro para o êxito da sociedade, ao defender a existência legal de outras estranhas modalidades de família, alargando este milenar conceito a autênticas aberrações anti-naturais, como o casamento entre homossexuais. Tornou-se moda agora o exibicionismo desta classe ao assumir publicamente o seu modo de estar na vida, com laivos, muitas vezes, de certa vaidade e desafio. Reconhecemos-lhes o direito de se juntarem como quiserem e lhes apetecerem. Agora, serem reconhecidos por qualquer lei de um Estado de direito, é, quanto a nós, meio caminho andado para destruir a autêntica família que é constituída por um pai, uma mãe e seus filhos. Além disso, a natureza, mais tarde ou mais cedo, acabará por cobrar, bem caro,a estranha anomalia cancerosa da sociedade. Será a própria natureza que se encarregará de «eliminar», com graves custos para aquele que cometeu o atentado contra a sua própria essência. Quem é lúcido, não entra nestas modernices que fedem a falso e constituem passos de gigante para o retrocesso das sociedade contemporâneas. Daí a sentença de morte anunciada»

Francisco Azevedo Brandão
Director do Notícias de Paços de Brandão e Norte da Feira