02/02/2009

Falta de dinheiro ou falta de ética administrativa ?


António Costa

Os dias que conhecemos jamais serão iguais ao que passaram. O índice de desemprego não pára de atingir valores elevados, assinalando que o pior está ainda para vir. No meio deste cenário dantesco de quebra do poder empregador, temos empresas exploradoras de mão-de-obra barata que dão sinais de fraqueza orçamental, por forma a deturpar a realidade estrutural de todo o seu complexo administrativo. A crise do sistema empresarial em que o mundo se vê envolvido, não é mais do que o estourar das regalias luxuosas dos administrativos que as compõem. A falta de ética empresarial originou ao longo dos anos, ordenados irracionais de empresários que por força do sistema, chegam na sua maior parte das vezes, a ser 6 vezes superior ao salário da pessoa mais honrada da Nação, o presidente da República. O problema é tão demais grave, que os ordenados desses ditos senhores e seus custos inerentes, chegam a causar elevados danos orçamentais nas empresas, cuja as mesmas se vêem obrigadas a dispensar pessoas por causa da falta de ética existente no seu próprio complexo administrativo. Ainda ontem Mr. Obama colocou a mão na ferida em Wall Street, e aqui já ouviram alguém seguir tal vontade ? Jamais alguém tomaria, tal posição. Eu pergunto, será que estes senhores de ordenados chorudos, precisam de mais ajudas de custos ? Será que essas ajudas não poderiam ser canalizadas para as demais necessidades das empresas, nomeadamente no que toca ao desenvolvimento tecnológico e social ? Fica ao vosso critério o poder de avaliação do raciocínio exposto.