24/02/2009

Como sair da crise sem timoneiro sério ?


Mário Russo


Uma pequena notícia de gastos sumptuosos do governo Sócrates confirmou o meu pessimismo quanto ao timoneiro que levaria Portugal a sair desta crise … de confiança e de competência. A breve notícia refere-se ao gasto de 500 mil euros em cada uma das 8 campanhas para a inauguração de estradas (4 milhões de euros). De facto, como todos se lembram, aquando na oposição aos anteriores governos, e muito bem, Sócrates zurzia sempre que havia inaugurações mediáticas, apodando-as de eleitoralistas e sem sentido. De facto assim é, e continua a ser.

O vergonhoso é que quando se está na oposição diz-se uma coisa, e faz-se o seu oposto quando no governo. Vale para todos os governos. Porém, quando votei neste PM pensei que a praxis ia mudar. Ledo engano meu. Mas pior, é ver que esta esquerda está cheia de personalidades (sombrias e sinistras) que tecem argumentos filosóficos que justificam as suas práticas das dos governos do PSD, para a mesma coisa. Isto é que é gravoso e revoltante para quem professa valores tradicionais ditos de esquerda, mas que hoje tenho a certeza que não passam dos valores humanistas, de honradez, de moral, de ética e de cidadania, iguais aos que os nossos avós professavam e nos legaram (ou pensam que legaram).

Mas, voltando à notícia, abafada, é vergonhoso gastar-se nesta altura (ou em qualquer outra) 4 milhões de euros para se fazer em inaugurações de estradas, que devem ser consideradas fruto normal da acção governativa. Puro provincianismo no pior sentido.

Como podemos ter confiança em quem nos governa quando joga para o ralo 4 milhões de euros, que é o equivalente ao pagamento aos desgraçados dos despedidos do grupo Amorim (o tal do Compromisso Portugal … para o bolso dele) mais de 3 anos de salários?

Este governo elegeu o “importantíssimo” tema da homosexualidade e do casamento gay como bandeira, revelando o apreço que tem pela horda de deserdados que está a criar com o crescente desemprego e desesperança a cada dia de (des)governo. Deveria, isso sim, eleger como bandeira o “regabofe” com dinheiros públicos e a falta de vergonha.

Definitivamente Sócrates não tem moral para guiar este país rumo à saída da crise. O que diz são meras bravatas de comício, que ninguém mais acredita. Está na hora de ter um último gesto de honra e demitir-se para que alguém com densidade competente e estatura ética e moral possa conduzir este país rumo ao crescimento económico que o livre da convulsão social eminente.