O trabalho liberta. Em nome dele, e da prometida prosperidade que ele traria, os políticos e os economistas pediram-nos sacrifícios. Hoje, contrariando as promessas feitas, oferecem à saciedade o que se vê: Crise e desemprego. Mas enquanto uns se sacrificaram, os detentores do capital, calmamente, alcançaram grandes fortunas. Hoje, contrariando as suas expectativas, estão em crise, por excesso de erros e ganância. Contudo, em vez de serem penalizados, como o povo, e condenados pelas suas fraudes, são premiados pelo Estado. Tal como a "A injustiça avança hoje a passo firme", Portugal não precisa de importar abutres. Basta ter um governo que sacrifica quem trabalha para ajudar os causadores de crises.
Sócrates pede-nos para não sermos hipócritas ao criticar as ajudas ao BPP, ao BPN e aos que se seguirem. Mas, meus caros, quem é o hipócrita nesta história?
Manuel António Pina escreveu, na passada quarta-feira, no Jornal de Notícias, o seguinte: " (…) não só os gestores de bancos falidos continuam a ganhar milhões, como um governo socialista entrega o dinheiro dos contribuintes como garantia para salvar as fortunas de meia dúzia de milionários que fizeram um banco para especular na Bolsa e investir em aplicações de alto risco que deram para o torto. «Servir a nossa economia e as famílias», foi o motivo com que Sócrates justificou os apoios do Estado à banca. O BPP não tem balcões nem dá crédito a particulares ou empresas, apenas gere fortunas de uma elite financeira com nomes como Rendeiro, Ferreira dos Santos, Saviotti, Balsemão, Vaz Guedes, Júdice, etc. São as fortunas de tais «famílias» que os nossos impostos vão agora garantir.".
É desta hipocrisia que Sócrates fala? Ou será que é da injustiça que faz gemer de raiva e impotência quem trabalha e paga impostos. Será que se refere à hipocrisia que é esta forma socialista de governar, que faz abalar os alicerces da democracia e que tira sistematicamente aos mais pobres para dar aos privilegiados? Ou será que se refere à hipócrita actuação deste Estado como segurança de um sistema de castas cada vez menos encapotado?
António Ralha
Sócrates pede-nos para não sermos hipócritas ao criticar as ajudas ao BPP, ao BPN e aos que se seguirem. Mas, meus caros, quem é o hipócrita nesta história?
Manuel António Pina escreveu, na passada quarta-feira, no Jornal de Notícias, o seguinte: " (…) não só os gestores de bancos falidos continuam a ganhar milhões, como um governo socialista entrega o dinheiro dos contribuintes como garantia para salvar as fortunas de meia dúzia de milionários que fizeram um banco para especular na Bolsa e investir em aplicações de alto risco que deram para o torto. «Servir a nossa economia e as famílias», foi o motivo com que Sócrates justificou os apoios do Estado à banca. O BPP não tem balcões nem dá crédito a particulares ou empresas, apenas gere fortunas de uma elite financeira com nomes como Rendeiro, Ferreira dos Santos, Saviotti, Balsemão, Vaz Guedes, Júdice, etc. São as fortunas de tais «famílias» que os nossos impostos vão agora garantir.".
É desta hipocrisia que Sócrates fala? Ou será que é da injustiça que faz gemer de raiva e impotência quem trabalha e paga impostos. Será que se refere à hipocrisia que é esta forma socialista de governar, que faz abalar os alicerces da democracia e que tira sistematicamente aos mais pobres para dar aos privilegiados? Ou será que se refere à hipócrita actuação deste Estado como segurança de um sistema de castas cada vez menos encapotado?
António Ralha