Joaquim Jorge
Este sábado, mais uma manifestação de professores , com êxito e cobertura noticiosa . Quando foi convocada fiquei com a ideia que poderia não ter sucesso , depois do apoteótico sinal dos 120.000 professores na rua. Entre o último sábado e este , já muitas escolas suspenderam o processo de avaliação de várias formas para contornar a lei : recusar a entrega dos objectivos ; protelar os prazos ; os conselhos pedagógicos a assumir a dianteira do protesto ; etc.
A ministra ainda não percebeu , que a lei pode não ser cumprida porque há leis que são cegas , e esta da avaliação é uma delas. Suspender não é sinónimo de que não haja avaliação. Tem que se parar , para analisar e ver como se poderá aplicar a avaliação de outra forma , mudando a metodologia e os critérios. Chego a ter pena da ideia que a ministra tem dela própria , imaginando que tem o direito de se permitir ao capricho de fazer tudo o que quer ( manter esta avaliação ) , sem que ninguém tenha nada a dizer. Mesmo que cometa actos repreensíveis acha que não é grave , tendo em conta a dedicação com que cumpre a sua tarefa ( obedecer a José Sócrates ). A ideia que tem de si é que é uma pessoa boa , que protege o ensino , a educação e que desempenha um papel indispensável