Parece-me da mais elementar justiça que façamos uma reflexão ao actual estado da educação no nosso país. É sem sombra de dúvidas a área que mais contribui para o desenvolvimento e afirmação de um país. Quando temos um sector como a educação no nosso país no estado em que está, ora são os professores ora são os alunos a contestarem as medidas implementadas pelo Governo o país não pode evoluir. Como queremos ser um país credível no panorama europeu e mundial sem que tenhamos pessoas devidamente formadas, quer do ponto de vista cívico quer do ponto de vista académico? Infelizmente é cada vez mais fundo o fosse que separa Portugal dos restantes parceiros europeus, porém, o sr. primeiro ministro, no que à educação diz respeito preocupa-se apenas com a distribuição, de uma forma demagoga e com uma boa dose de iluminismo político, do famoso computador Magalhães. Quando um primeiro-ministro se dá ao papel que o engenheiro Sócrates se tem dado nesta matéria como podemos nós querer que as questões fundamentais numa área tão sensível funcionem? Relativamente à postura que o sr. primeiro ministro tem adoptado com os sindicatos (legítimos representantes da classe) é reprovável que do alto da sua maioria tome as medidas bem ao estilo de um regime ditatorial. Será que tem sido isso que tem aprendido nas incursões que tem feito à Venezuela de Hugo Chávez ou foi isso que aprendeu quando percorreu, no seu matinal jogging, nas ruas de Pequim? É preciso, tal como o clube dos pensadores faz, ouvir as pessoas e neste caso ouvir quem está na área, isto é, os professores.
JOÃO LIMAS
jornalista
JOÃO LIMAS
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