Daniel Braga
Atirar areia para os olhos dizendo que os professores não querem ser avaliados é escamotear o verdadeiro problema, que reside apenas no facto dos professores perderem muito mais tempo com a sua própria avaliação, do que a fazer aquilo para que foram preparados, que é o de ensinar. A burocracia tomou conta das escolas, e o preenchimento de papéis e mais papéis, de objectivos disto e daquilo está a descurar o papel do professor no ensino: o das aprendizagens dos seus alunos com vista ao sucesso. Já não basta o facilitismo que se instalou, ainda estamos a atirar mais achas para a fogueira e a não ter em conta que quem vai ser penalizado com esta problemática tão complexa como desnecessária é o aluno e aqui a responsabilidade é exclusivamente do ME que nunca soube lidar com os professores, demonstrando sempre uma prepotência e um autismo dignos do tempo do obscurantismo. A energia dos professores está a ser desviada para o plano excessivamente burocrático do processo de avaliação com prejuízo da acção pedagógica que os docentes devem privilegiar. E o que irá acontecer nos próximos dois períodos, quando o processo estiver (se estiver, pois manda o bom senso que assim não seja)no terreno?
Avaliem-se, pois, os professores, mas não impondo o processo de avaliação de um modo tirânico mas discutindo, em diálogo franco e aberto com eles, o modo como fazer essa mesma avaliação usando um processo simplificado, exequível, não burocrático, praticável no terreno e de contornos justos e não sinuosos. Só com o diálogo é possível o entendimento e esse diálogo é forçoso que aconteça para bem da educação, dos nossos jovens e do ensino. A acalmia virá quando a tutela perceber que não pode estar contra os professores mas sim trabalhar conjuntamente com eles na melhoria necessária do processo ensino - aprendizagem e da educação em geral. Nenhum ministério, nenhum governo conseguirá ter êxito nas suas políticas se elas não forem compreendidas ou forem mal aceites por quem vai cumprir essas mesmas medidas, e não bastará dizer, de um modo falacioso, que se tem a opinião pública do seu lado mas que se governa contra esta ou aquela classe profissional. Este não é o caminho e, mais tarde ou mais cedo, os resultados darão razão a quem esteve sempre contra este processo, mal conduzido politicamente e inábil na mensagem que quis transmitir.
frequente no blogue , professor e mestre em educação
Atirar areia para os olhos dizendo que os professores não querem ser avaliados é escamotear o verdadeiro problema, que reside apenas no facto dos professores perderem muito mais tempo com a sua própria avaliação, do que a fazer aquilo para que foram preparados, que é o de ensinar. A burocracia tomou conta das escolas, e o preenchimento de papéis e mais papéis, de objectivos disto e daquilo está a descurar o papel do professor no ensino: o das aprendizagens dos seus alunos com vista ao sucesso. Já não basta o facilitismo que se instalou, ainda estamos a atirar mais achas para a fogueira e a não ter em conta que quem vai ser penalizado com esta problemática tão complexa como desnecessária é o aluno e aqui a responsabilidade é exclusivamente do ME que nunca soube lidar com os professores, demonstrando sempre uma prepotência e um autismo dignos do tempo do obscurantismo. A energia dos professores está a ser desviada para o plano excessivamente burocrático do processo de avaliação com prejuízo da acção pedagógica que os docentes devem privilegiar. E o que irá acontecer nos próximos dois períodos, quando o processo estiver (se estiver, pois manda o bom senso que assim não seja)no terreno?
Avaliem-se, pois, os professores, mas não impondo o processo de avaliação de um modo tirânico mas discutindo, em diálogo franco e aberto com eles, o modo como fazer essa mesma avaliação usando um processo simplificado, exequível, não burocrático, praticável no terreno e de contornos justos e não sinuosos. Só com o diálogo é possível o entendimento e esse diálogo é forçoso que aconteça para bem da educação, dos nossos jovens e do ensino. A acalmia virá quando a tutela perceber que não pode estar contra os professores mas sim trabalhar conjuntamente com eles na melhoria necessária do processo ensino - aprendizagem e da educação em geral. Nenhum ministério, nenhum governo conseguirá ter êxito nas suas políticas se elas não forem compreendidas ou forem mal aceites por quem vai cumprir essas mesmas medidas, e não bastará dizer, de um modo falacioso, que se tem a opinião pública do seu lado mas que se governa contra esta ou aquela classe profissional. Este não é o caminho e, mais tarde ou mais cedo, os resultados darão razão a quem esteve sempre contra este processo, mal conduzido politicamente e inábil na mensagem que quis transmitir.
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