08/10/2008

Hostilidades abertas





Os partidos políticos já andam numa roda-viva, pois que o ano de 2009 já por aqui anda a rondar. Vamos ter três eleições, três campanhas e muita, muita gente a trabalhar para que muita, muita gente possa ser eleita. Os directores de campanha já delinearam há bastante tempo a estratégia a seguir. É preciso que o espectáculo seja bom e para isso o palco tem de estar bem montado, as cadeiras da assistência têm de ser bem confortáveis, e a encenação perfeita.
Para o governo e para o partido que o apoia, é muito importante continuar o auto-elogio e o empolamento de tudo o que foi feito, bem assim como de tudo o que dizem que foi feito. Qual filme americano de acção, os efeitos especiais, os duplos, e as cenas de aparência arriscada são essenciais para obter o apoio do público eleitor, e esconder o real estado do nosso país. Para os outros candidatos, não bastará denegrir no que foi feito nestes anos pelo governo, nem desvendar a situação caótica em que Portugal se encontra, têm de esconder a oposição que não fizeram e as suas próprias responsabilidades na actual conjuntura, e mostrar alternativas credíveis às políticas actuais que convençam particularmente os eleitores que não são fiéis aos partidos.
O Orçamento de Estado para o próximo ano, a apresentar dentro de dias pelo governo, abre as hostilidades.



José Magalhães