Ao entrarmos na Galiza, seja por Valença, por Vila Nova de Cerveira, ou por outro lado, nota-se um grande sentido de aproximação dos Galegos em relação a nós, os Portugueses. Não será em vão que a língua galega deriva directamente da portuguesa, fazendo lembrar, dizem os que entendem bem destas coisas, a maneira de falar e escrever em Portugal no século XVI. No fundo, somos na realidade uma só nação.
Na Galiza, defende-se a cultura Galaico-Portuguesa. Acentuam-se as parecenças com Portugal, enquanto se evidenciam as diferenças com Castela. Pelo contrário, em Portugal, ignora-se totalmente essa realidade, e na região Norte, onde isso nunca deveria acontecer, chegamos ao ponto de nos espantarmos com a devoção que os Galegos têm a essa cultura.
Os Galegos gostam tanto do centralismo de Castela, quanto nós gostamos do centralismo de Lisboa, e nisso, só nisso e pouco mais, nós nos aproximamos. No restante, desconhecemos e até quase desdenhamos a cultura que em comum temos, sentindo uma indiferença total pelos sentimentos dos, estes sim, "nuestros hermanos".
Dias atrás, 6 de Outubro, foi inaugurada a Academia Galega da Língua Portuguesa em Santiago de Compostela, sendo que a inauguração teve lugar no Centro Galego de Arte Contemporânea. O movimento cívico e académico que esteve por trás da AGLP defende há anos a "descastelhanização" do galego. A língua que se fala na Galiza, é o Português da Galiza, como existe de resto, o Português de Angola, do Brasil ou de Moçambique. A Galiza, pretende ser integrada no mundo da Lusofonia, não misturando política, com língua e com cultura. Isto é assim na parte Galega, e em Portugal, que fazemos nós? Ignoramos, não publicitamos, ou se o fazemos é como notícia menor.
Mais, que fizemos nós, ou melhor, que fez Lisboa ao Consulado Geral de Portugal em Vigo?
José Magalhães
Na Galiza, defende-se a cultura Galaico-Portuguesa. Acentuam-se as parecenças com Portugal, enquanto se evidenciam as diferenças com Castela. Pelo contrário, em Portugal, ignora-se totalmente essa realidade, e na região Norte, onde isso nunca deveria acontecer, chegamos ao ponto de nos espantarmos com a devoção que os Galegos têm a essa cultura.
Os Galegos gostam tanto do centralismo de Castela, quanto nós gostamos do centralismo de Lisboa, e nisso, só nisso e pouco mais, nós nos aproximamos. No restante, desconhecemos e até quase desdenhamos a cultura que em comum temos, sentindo uma indiferença total pelos sentimentos dos, estes sim, "nuestros hermanos".
Dias atrás, 6 de Outubro, foi inaugurada a Academia Galega da Língua Portuguesa em Santiago de Compostela, sendo que a inauguração teve lugar no Centro Galego de Arte Contemporânea. O movimento cívico e académico que esteve por trás da AGLP defende há anos a "descastelhanização" do galego. A língua que se fala na Galiza, é o Português da Galiza, como existe de resto, o Português de Angola, do Brasil ou de Moçambique. A Galiza, pretende ser integrada no mundo da Lusofonia, não misturando política, com língua e com cultura. Isto é assim na parte Galega, e em Portugal, que fazemos nós? Ignoramos, não publicitamos, ou se o fazemos é como notícia menor.
Mais, que fizemos nós, ou melhor, que fez Lisboa ao Consulado Geral de Portugal em Vigo?
José Magalhães