Joaquim Jorge
A lei que põe fim ao voto por correspondência alegando-se que é permeável à fraude , contra a verdade democrática, os sindicatos de voto , chapeladas , etc. , foi aprovada . Aonde está a legitimidade moral para falar destes assuntos , se nas eleições internas do PS , sempre que há mais do que um candidato há problemas ? Vou citar alguns exemplos que vem a lume aquando dessas eleições : pagamento de quotas ; arregimentação de militantes ; acusação de falsificação de assinaturas ; recurso a «pressões e promessas» para subscreverem a sua moção ; o caricato de pessoas falecidas a votar ; sonegar a lista de militantes estando em vantagem quem está no poder ; dificultar a livre informação como forma democrática de agir ; entrada em pack de militantes só para votarem nessa eleição e depois saem ; etc .
Verdade que não é só no PS , também nos outros partidos e que o voto por correspondência está obsoleto , mas deveria ser substituído não pelo presencial , que é regredir , mas utilizando as novas tecnologias ; e-mail ; SMS ; etc.
A naturalização deste tipo de condutas , lembra-me uma frase célebre ,«olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço». Depois abusivamente falamos na palavra Democracia e auto-intitulamo-nos democratas.