Joaquim Jorge
Vai dar-se início a mais uma ano escolar . Algumas medidas são boas como: transporte com desconto ; manuais gratuitos para famílias carenciadas ; inglês a partir do 1ºano ; etc. Dever-se -ia aumentar à carga horária de matemática e português . Deve-se dedicar mais tempo à nossa língua e aos números.
O balanço feito pelo Governo , realçando que o ano passado no ensino básico e secundário houve menos chumbos . Os resultados melhoraram mas deve-se a uma maior permissividade na aprovação dos alunos e não a uma melhoria efectiva do ensino. A carga burocrática quando se pretende reter um aluno é tão grande que os professores , pensam duas vezes e , em vez de o reter , passam-no e está o assunto arrumado. É mais fácil deixá-lo prosseguir. Eu compreendo que o objectivo actual é que toda a gente termine o seu percurso escolar mas não pode ser a qualquer preço.
Os professores portugueses que são dos europeus que dão mais horas de aulas , os que mais tempo têm de permanecer nas escolas , os que menos tempo têm para se preparar para as actividades escolares , os que mais horas gastam a preencher papéis e a desempenhar funções burocráticas ( como reter um aluno ). Para quem sempre achou que os professores são uns baldas e malandros aqui está a verdade ( consultar relatório da OCDE ( Education at a Glance).
Este ano começa a nova avaliação dos professores mais uma burocracia institucional e evidentemente o professor terá que olhar pela sua vida e deixará naturalmente para segundo plano os alunos e o resto. Tem de cumprir objectivos de resultados escolares , preparação e realização das aulas , assiduidade , formação e participação na vida escolar são alguns dos parâmetros que terão de ser escritos analisados e escalpelizados pelo professor e mais tarde aferidos por quem avalia. Como vêem resta muito pouco para se ensinar e ser professor!
Sempre a estatística , o Governo nesta área é um expert , não me parece que os nossos governantes quando estudaram tenham tido poucas horas de matemática por que são mesmo bons com números e fazem de nós números.
