Isabel Carmo
Em 1845, um estudioso desta matéria, Ernest von Feuchtersleben introduziu o termo “psicose”, que é assim, palavra mais recente do que a palavra “neurose”.
A oposição entre a palavra neurose e psicose, por finais do século XIX, estabelece-se como que linha de demarcação entre a loucura e as outras perturbações, oposição esta, que se manteve até aos anos mais recentes.
O DSM-III (actualmente já DSM-IV com anotações actuais e que é uma espécie de Bíblia dos Psicólogos), tentou suprimir o termo “neurose” e reduzir o termo “psicose” para o adjectivo “psicótico”, contudo, a maioria dos psicopatologistas continua a utilizar o vocábulo “psicose” para designar um conjunto de perturbações caracterizadas por alguns elementos, como a gravidade, delírio, a perda da relação com a realidade e outras, que em senso comum se designavam por “loucura”.
Se quisermos falar de “psicopatologia das psicoses”, estamos a tomar uma posição em simultâneo do que é a psicopatologia e sobre a existência de uma forma de sofrimento específica e considerada, particularmente, grave. Os psicólogos consideram a psicopatologia a psicologia do patológico, segundo Pedinielli, 1994, isto é, o estudo e a teoria psicológicos das formas de sofrimento, sejam elas quais forem, as causas das mesmas.
A psicopatologia baseia-se em situações concretas de interacção com os doentes que estejam a apresentar uma psicose e produz uma interpretação psicológica dos fenómenos.
Dois níveis complementares são abrangidos pela psicopatologia:
. O primeiro tem a ver com a descrição dos aspectos psicológicos dos factos patológicos como as perturbações da percepção, do raciocínio, delírio, e outros; os trabalhos psicológicos sobre “o que se viveu”, “o imaginário”, e sobre a linguagem e o pensamento que ainda correspondem a este nível.
. O segundo nível diz respeito às teorias explicativas psicológicas das perturbações, o que não implica que elas sejam automaticamente teorias da causa das doenças.
A psicologia clínica é o instrumento que permite aos psicólogos identificar, analisar e interpretar os elementos que se trocam na relação com o doente. Saliente-se que o saber psicopatológico não é um sistema dogmático de interpretação que se aplicaria aos discursos dos doentes.
Fazer psicopatologia clínica é conseguir maneira de suscitar o discurso, de se interrogar sobre a sua lógica e de a interpretar.
Há opiniões diferentes. Iremos tentar mostrar alguns pontos que poderão ajudar a entender melhor. Os esclarecimentos sobre o ponto de vista de autores diferentes seguirão em breve.
Consulta a:
- Jean-Louis Pedinielli
- Guy Gimenez
Em 1845, um estudioso desta matéria, Ernest von Feuchtersleben introduziu o termo “psicose”, que é assim, palavra mais recente do que a palavra “neurose”.
A oposição entre a palavra neurose e psicose, por finais do século XIX, estabelece-se como que linha de demarcação entre a loucura e as outras perturbações, oposição esta, que se manteve até aos anos mais recentes.
O DSM-III (actualmente já DSM-IV com anotações actuais e que é uma espécie de Bíblia dos Psicólogos), tentou suprimir o termo “neurose” e reduzir o termo “psicose” para o adjectivo “psicótico”, contudo, a maioria dos psicopatologistas continua a utilizar o vocábulo “psicose” para designar um conjunto de perturbações caracterizadas por alguns elementos, como a gravidade, delírio, a perda da relação com a realidade e outras, que em senso comum se designavam por “loucura”.
Se quisermos falar de “psicopatologia das psicoses”, estamos a tomar uma posição em simultâneo do que é a psicopatologia e sobre a existência de uma forma de sofrimento específica e considerada, particularmente, grave. Os psicólogos consideram a psicopatologia a psicologia do patológico, segundo Pedinielli, 1994, isto é, o estudo e a teoria psicológicos das formas de sofrimento, sejam elas quais forem, as causas das mesmas.
A psicopatologia baseia-se em situações concretas de interacção com os doentes que estejam a apresentar uma psicose e produz uma interpretação psicológica dos fenómenos.
Dois níveis complementares são abrangidos pela psicopatologia:
. O primeiro tem a ver com a descrição dos aspectos psicológicos dos factos patológicos como as perturbações da percepção, do raciocínio, delírio, e outros; os trabalhos psicológicos sobre “o que se viveu”, “o imaginário”, e sobre a linguagem e o pensamento que ainda correspondem a este nível.
. O segundo nível diz respeito às teorias explicativas psicológicas das perturbações, o que não implica que elas sejam automaticamente teorias da causa das doenças.
A psicologia clínica é o instrumento que permite aos psicólogos identificar, analisar e interpretar os elementos que se trocam na relação com o doente. Saliente-se que o saber psicopatológico não é um sistema dogmático de interpretação que se aplicaria aos discursos dos doentes.
Fazer psicopatologia clínica é conseguir maneira de suscitar o discurso, de se interrogar sobre a sua lógica e de a interpretar.
Há opiniões diferentes. Iremos tentar mostrar alguns pontos que poderão ajudar a entender melhor. Os esclarecimentos sobre o ponto de vista de autores diferentes seguirão em breve.
Consulta a:
- Jean-Louis Pedinielli
- Guy Gimenez
frequente no blogue , professora e poetisa