12/08/2008

Política à portuguesa


Joaquim Jorge


Temos um primeiro-ministro , José Sócrates que não se sabe para onde está , ou porventura já alguém sabe ,mas não diz , ou quer ser bem pago por essa informação ou fotos que o valham para fazer as delícias de quem lê as revistas cor-de-rosa. Ainda não percebi o porquê de José Sócrates fazer finca-pé , para onde vai de férias e com quem vai . Acaba-se sempre por saber tudo. E seria da mais elementar justiça termos um primeiro-ministro que informa com naturalidade os seus concidadãos o que vai fazer. Dessa forma não haveria mal nenhum e nenhum mal viria ao Mundo . Assim ao procurar esconder , parece que vai ou está a fazer algo que não se possa saber... Parece um político da ex- URSS e da cortina de ferro de má memória , sempre às escondidas e com filtragem de informação. Antes de férias era um ver que se te avias em apresentar serviço depois a antítese mais parecendo alguém de oráculo.
A chefe da oposição Manuel Ferreira Leite também anda desaparecida em combate , se calhar acha que chega lá , sem falar , se mostrar e por omissão. Os portugueses adoram quem não faça ondas e dê um "ar de coitadinho" neste caso coitadinha . Aliás o seu ar frágil de quem precisa de ajuda assenta como uma luva para o comum dos portugueses.
Estes políticos que querem os votos do povo e procuram ignorarem sempre que podem . Quando se vai votar está-se a praticar cidadania ,mas esta, deve-se praticar todos os dias e não de quatro em quatro anos. Políticos eleitos que não o façam deveríamos tirá-los de lá , todavia não é isso que acontece , ficam lá eternamente.
Em política deve-se estar atento mais do que nunca aos cidadãos. Não só quando apoiam as suas propostas mas especialmente quando são críticos.
É importante saber escutar , afinal temos uma só boca e dois ouvidos. Infelizmente na política à portuguesa estamos sempre à espera que aconteçam coisas más , quando acontecem coisas boas , até desconfiamos que seja verdade. Devemos todos lutar contra a perda de coragem cívica . O declínio da coragem é um traço saliente dos portugueses.
Está na moda o centrão , o qual eu acho aberrante e contra natura , devemos sim lutar e chegar a uma maioria social com políticas sociais. Temos os políticos que merecemos , em abono da verdade há muitos que têm valor e são íntegros , a culpa é nossa , temos de procurar não ver passar a vida mas tentar modificá-la.