06/07/2008

ELEIÇÕES em MATOSINHOS, 2009



Joaquim Jorge


Narciso Miranda ao dizer que é candidato à CMM, apesar de ainda faltar ano e meio para as eleições autárquicas, está desta forma a respeitar os Matosinhenses, a dizer para o que vem, que podem contar com ele, como toda a massa humana, sem interesse e genuína que o quer de volta.
Com isto não quer dizer que a campanha eleitoral para a CMM, já tenha começado. Pretende (penso eu) separar as águas e dizer de uma vez por todas. Contem comigo!
Desta forma uma candidatura independente não tendo por base o apoio de um partido, pois ela é plural, multipartidária e necessariamente da sociedade civil precisa de se colocar no terreno, é certo, com descrição, mas fazer o trabalho de casa. Um partido político tem as suas estruturas locais (secções) que a maioria equivalem de um modo geral às freguesias. Uma candidatura deste tipo tem de criar uma estrutura de base com todos e apresentar candidatos em todas a freguesias e para isso precisa de ser amadurecida, e de tempo.


Narciso Miranda, a partir de agora necessita explicar muito bem à opinião pública e aos matosinhenses o seguinte:

1- Porque quer voltar.
2- Que equipa quer a trabalhar com ele e o perfil dessas pessoas.
3- Que política vai fazer.
4- Procurar estar à altura da mediatização desta eleição, com elevação e sem casos (a imprensa vai explorar este confronto até ao limite, tem de haver muita contenção e cuidados redobrados).
5- Até agora a possibilidade de um independente que pertencia a um partido ser eleito só se verificou em 2005 (Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras). Este caso é único fez um hiato em 2005 e agora voltou.
6- Porque foi o responsável pela equipa que ficou no executivo e agora não a apoia.
7- Explicar porque só agora tomou esta decisão e não em 2005.
8- Apresentar um plano de trabalho e um projecto político mobilizador.
9- Contenção de gastos públicos.
10- Uma campanha low-profile, com poucos gastos e uma grande participação humana, dando azo à criatividade sem novo-riquismo e sumptuosidade.
11- A candidatura deve representar um conjunto de pessoas e não eu (Narciso Miranda).
12- Dar ênfase à mudança, credibilidade, integridade, pessoas e novo projecto.
13- Quem estiver neste projecto, neste caso, os socialistas nalguns casos terão que suspender a sua filiação partidária.
14- Ser por Narciso Miranda, não é ser contra o PS.
15 – A realização de qualquer tipo de iniciativas (jantares, sessões de esclarecimento, etc.) informar toda a gente de forma a ninguém ficar melindrado por não ter tido conhecimento. Todos juntos somos poucos. Unir para vencer. Todos iguais e sem hierarquias.
16 – Informar a opinião pública das pessoas que estiveram com ele ao longo destes 3 anos , sem interesse . Naturalmente que agora estão a chegar em enxurrada ,e é bom, têm o seu lugar , mas é importante marcar este ponto. Quando cheira a poder aparece tudo…


A partir daqui procurar no dia-a-dia marcar a sua posição e dizer como faria se estivesse à frente dos destinos da Câmara. Na área social, ambiental, recursos humanos, cultura, educação, desporto, etc. Isto não é abrir o jogo, mas sim ser transparente, ético e acima de tudo respeitar quem está com ele. Jogar claro e às claras. Estou aqui porque os Matosinhenses me querem de volta, eu digo sim, a esse apelo. O resto naturalmente aparece. Numa campanha e num registo em que se promete o que se pode fazer e cumpre. Que se ouça mais do que se fale. Sessões de esclarecimento em todos os locais levando um novo conceito, por exemplo, o conceito do Clube dos Pensadores em que a plateia é quem mais fala. As opiniões dos moradores são muito importantes esses são os verdadeiros políticos locais que sabem o que é preciso fazer.
Ouvir, ouvir, anotar, anotar essa deve ser a política de proximidade, as pessoas, os cidadãos anónimos são eles que elegem os presidentes de Câmara.
Uma aposta pela positiva, congregadora, sem ressentimentos, nunca contra o PS e o seu aparelho. Nunca nos podemos esquecer que Narciso Miranda foi do aparelho durante muitos e muitos anos.
O que se deve fazer é ser superior, astuto e vencer o dito aparelho mostrando que está decrépito e fora de prazo. O mundo mudou e quem não perceber em política está ultrapassado. A política está em mudança de processos, de se fazer e de estar. Os “velhos dos Restelo” é passado.
Não responder a ataques, respeitar os adversários e fazer um combate de ideias apesar da sua superioridade mediática, funcional e institucional por alguém que já o exerceu esse cargo durante muitos anos.
Assim Narciso tem de reivindicar a forma de fazer oposição, manifestando a sua posição, já passaram quase 3 anos e muita coisa foi feita de uma maneira díspar e não a melhor. Tem obrigação de adaptar-se a uma sociedade que mudou rapidamente, tendo que aprender a linguagem dos cidadãos e a forma como se dirige a eles. Basear-se no mérito e não no amiguismo em que nunca sobre nada, quem quiser estar no projecto é bem-vindo sem condições. Falar verdade e a capacidade de cumprir promessas e projectos.


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