Joaquim Jorge
Manuela Ferreira Leite venceu mas não convenceu. Vamos ver se consegue apresentar uma frente comum, uma imagem de unidade e oferecer uma alternativa. Acabar com os “ismos” e ilhas ideológicas. A desaceleração da economia, o défice em políticas sociais e económicas permite acalentar que o PSD é um partido útil e com capacidade de governar. É imprescindível aprofundar o sentido social num discurso claro e não diáfano. Até agora fez uma campanha de nada, sem oferecer uma alternativa convincente. Tem que crescer, convencer e mostrar que é capaz de governar, apostando num compromisso social. No PSD não sei se todos fazem falta e não sobra ninguém. Espero que não morra de êxito.
Pedro Santana Lopes agora foi legitimado por 30% dos militantes , dirimiu-se , mas uma grande parte dos votantes em Passos Coelho não morrem de amores por Ferreira Leite. Votaram sim (num mal menor), mas nunca em Santana Lopes vá o diabo saber porquê? O partido está bipartido e polarizado e não tripartido como muitos fazem crer. Se Passos Coelho não tivesse avançado não sei se Santana Lopes não teria vencido esta eleição. O perigo de divisão é enorme e a sempre possível candidatura alternativa de futuro de Santana Lopes será temível. Nesta campanha destaca-se a sua perseverança, esforço, intuição , astúcia e a contemplação de dentaduras que foram difíceis de distinguir ,as autênticas , das postiças. São difíceis de distinguir sorrisos de submissão, gratidão, interesse, cobiça ou traição. A política deve fazer-se por ideais e não por cargos. Fez bem demitir-se de líder parlamentar. Vamos ter o vou andar por aí ( versão 2).
