12/06/2008

MANUEL ALEGRE


Joaquim Jorge


Manuel Alegre ao promover um comício com outras forças de esquerda está a enviar sinais para dentro do PS. Porém este partido socialista procura fazer ouvidos de marcador. Já o tinha feito a seguir à eleição presidencial fazendo de conta que nada se tinha passado, mais tarde com as eleições para a CML, António Costa venceu mas não convenceu, o efeito Helena Roseta provocou uma erosão no eleitorado do PS que quase inviabilizou a sua eleição, a fasquia ficou-se pelos 30%.
Ele crê e bem, que os partidos, neste caso o PS deve mudar a forma de relação com os seus militantes e com a sociedade. A estrutura piramidal deve passar à história. A renovação de equipas e projecto político: radicalidade democrática ; primárias , limitação de mandatos ; democracia directa. Apesar de liderar no discurso nunca esteve num cargo para o pôr em prática.
Há um défice de políticas sociais e económicas. O PS pode cair de tanto êxito, fez as reformas mas não conquistou as pessoas. Um partido deve ser o espelho em que os cidadãos se vêem reflectidos, aceitando o jogo democrático. A possibilidade de falar com quem seja, dialogar não é sacrificar valores, a mudança de linguagem e postura é desejável. A espiral da crise está a converter-se numa frequência quase diária, girando cada vez mais rapidamente e podendo levar – nos ao abismo.
No próximo congresso do PS, Sócrates pode lutar contra o ar, Alegre conhece o partido mas não o domina e não se justifica enfrentá-lo. O PS era um partido que todos faziam falta e não sobrava nada , com direito à diferença , mas os tempos mudaram…

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