Joaquim Jorge
A próxima eleição para líder do PSD , vai ser um confronto entre as bases e barões nestas directas e pouco ou nada conta figuras conhecidas apelidadas de notáveis . O seu sentido de voto vale o que vale . Cada um deles, que eu saiba, em democracia vale o seu voto , a sua influência pode até ser nefasta, como se viu com Marques Mendes, em que os senhores conhecidos o apoiaram e foram copiosamente derrotados por Luís Filipe Menezes.
O problema que se põe , é se quem comenta ( Pacheco Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa ) vão utilizar esse espaço de comentário, para fazerem campanha pela candidata Manuela Ferreira Leite . Não será de bom tom e a descredibilização será enorme. Mas cá para nós, vale o que vale , muita gente já não vê nem ouve . Todavia as concelhias e distritais devem remeter-se ao silêncio e não tentarem influenciar o sentido de voto. Os seus líderes foram eleitos pelas bases para liderar numa circunstância específica e local, tendo alguns concorrido em lista única. Não foram mandatados para elegerem um líder Nacional , esse assunto é da liberdade de cada um, como militante e cidadão. Que condições terá um líder local laranja que indica um sentido de voto em Pedro Passos Coelho e depois , por exemplo , tem que trabalhar com Pedro Santana Lopes ? Concomitantemente a seguir às eleições estes barões que vivem em Lisboa aceitarem os resultados , deixarem de estar acantonados na capital , perceberem a dimensão e importância do Norte e do Porto , onde estão o maior número de militantes do PSD. Uma efectiva unidade estratégica e verdadeira sem ressentimentos seria o desejado. Mas sinceramente não me acredito...
As pessoas estão fartas de sisudos , austeros e com ar de estadistas . Querem que lhes resolvam os problemas e que lhes indiquem um caminho . Se tal não acontecer vão continuar a apostar num mal menor o que é grave.