Eu sou contra a passividade das pessoas, convertidas em meros espectadores. Devem, sim , ser protagonistas.
Joaquim Jorge
A formação de um novo partido em Espanha – União Progresso e Democracia (UPD) tem um dos seus impulsionadores, o filósofo Fernando Savater, contando com o apoio de Mario Vargas Llosa. Esta formação não se declara, nem de direita nem de esquerda mas sim progressista, lutar contra as tiranias, acabar com os privilégios e a retórica de dizer uma coisa e fazer outra. O reforço da autonomia do poder judicial em relação ao executivo e ao legislativo. Não gostam da maneira como se governa procurando restaurar a igualdade entre os cidadãos.
Eu não sei se este partido vai ter êxito ou não, mas no essencial estou de acordo com ele. Em Portugal não sei se haverá espaço para mais partidos, mas gostava que alguns deles funcionassem de outra forma: uma nova geração de dirigentes; renovação de ideias para construir uma nova doutrina com novas propostas; serem atractivos; um projecto descentralizador; alterar a sua organização; dispostos a responder prêt –a-porter ; sem crises de identidade.
A sensação depressiva e confusa que transmitem, sendo terrivelmente hierárquicos, mais parecendo tropa, miméticos, com tendência nepótica e despótica.
Os partidos precisam de listas abertas de pensamento autêntico e diversificado. A indigência e a trivialidade da classe politica , coincide com a implosão mundial da ideologia do progresso consequência do pensamento único , querendo dotar o estado de uma estrutura monocrática de poder. A desvergonha pessoal da fobia na carreira e dos happenings para lá chegar , é o triunfo da desmoralização da causa pública.
A absurdidade sem pensamento leva à ilusão na escolha aquando de eleições.
Por isso percebo o que diz António Bracinha Vieira em recente entrevista na revista Pública : « nunca votei para que alguém governasse . Votei para que aqueles que iam governar governassem com um pouco menos de força».
O êxito de uma democracia é ter cidadãos bem informados, activos e dispostos a debater e argumentar. Eu sou contra a passividade das pessoas, convertidas em meros espectadores. Devem ,sim, ser protagonistas.
artigo publicado nesta revista distribuída com o jornal Público
Joaquim Jorge
A formação de um novo partido em Espanha – União Progresso e Democracia (UPD) tem um dos seus impulsionadores, o filósofo Fernando Savater, contando com o apoio de Mario Vargas Llosa. Esta formação não se declara, nem de direita nem de esquerda mas sim progressista, lutar contra as tiranias, acabar com os privilégios e a retórica de dizer uma coisa e fazer outra. O reforço da autonomia do poder judicial em relação ao executivo e ao legislativo. Não gostam da maneira como se governa procurando restaurar a igualdade entre os cidadãos.
Eu não sei se este partido vai ter êxito ou não, mas no essencial estou de acordo com ele. Em Portugal não sei se haverá espaço para mais partidos, mas gostava que alguns deles funcionassem de outra forma: uma nova geração de dirigentes; renovação de ideias para construir uma nova doutrina com novas propostas; serem atractivos; um projecto descentralizador; alterar a sua organização; dispostos a responder prêt –a-porter ; sem crises de identidade.
A sensação depressiva e confusa que transmitem, sendo terrivelmente hierárquicos, mais parecendo tropa, miméticos, com tendência nepótica e despótica.
Os partidos precisam de listas abertas de pensamento autêntico e diversificado. A indigência e a trivialidade da classe politica , coincide com a implosão mundial da ideologia do progresso consequência do pensamento único , querendo dotar o estado de uma estrutura monocrática de poder. A desvergonha pessoal da fobia na carreira e dos happenings para lá chegar , é o triunfo da desmoralização da causa pública.
A absurdidade sem pensamento leva à ilusão na escolha aquando de eleições.
Por isso percebo o que diz António Bracinha Vieira em recente entrevista na revista Pública : « nunca votei para que alguém governasse . Votei para que aqueles que iam governar governassem com um pouco menos de força».
O êxito de uma democracia é ter cidadãos bem informados, activos e dispostos a debater e argumentar. Eu sou contra a passividade das pessoas, convertidas em meros espectadores. Devem ,sim, ser protagonistas.
artigo publicado nesta revista distribuída com o jornal Público