NM - não mitigado
Joaquim Jorge
Tenho seguido o percurso político de Narciso Miranda, sendo seu conterrâneo e amigo pessoal há longos anos, nasci em S.Mamede de Infesta e frequentemente cruzava-me em tempos idos com esta personalidade, ilustre e emblemática da nossa terra – Matosinhos.
Escrevi há tempos um artigo «Próximo passo… de Narciso Miranda» , e apercebi-me agora que está na disposição de se candidatar à CMMatosinhos. Essa sua ideia amadurecida, penso eu, há longo tempo, vai colidir com o seu partido de sempre, o PS, mas ao qual é alheio.A sua legitimidade democrática, como cidadão, e o seu direito a concorrer é inverosímil.
O afunilamento da vida partidária, muita gente não se reconhece nos partidos tal como eles funcionam, o esclerosamento da vida partidária, ou seja, o crescente desinteresse pela política e o progressivo e preocupante divórcio entre cidadãos e instituições. A convicção de que a renovação da vida política e dos próprios partidos não pode fazer-se apenas dentro dos aparelhos existentes, a necessidade de abrir novos caminhos à participação dos cidadãos e criar novas formas de interessar as pessoas pela vida política.
A sua candidatura é desejada pela larga maioria da população de Matosinhos, basta auscultar os cidadãos na rua – é o melhor barómetro. Poderá tornar-se um encontro de gerações, em que Narciso regenerando-se, com uma equipa nova, terá um futuro marcante e fará história na vida autárquica portuguesa. Asua candidatura deverá ser contra o excesso de fulanização na actual vida política, com disponibilidade para a cidadania com membros do partido socialista e cidadãos não filiados.A sua conduta é irrepreensível, saindo com elevação e classe, acatou as indicações do partido a nível nacional, esteve empenhado na vitória da CMM, apesar de ter sido arredado da presidência numa atitude de humildade democrática que mostra uma inteligência rara e uma sabedoria só ao alcance de alguns.
Em política, ter memória é um factor determinante para as “pessoas de bem”, assim como a ética pessoal, a amizade e a lealdade.Narciso, perante o revés da impossibilidade de concorrer à CMM pelo seu partido, teve uma atitude positiva. O seu optimismo ancorou-se não na ingenuidade, mas sim na lucidez e no compromisso com o seu trabalho e as suas gentes. Foi responsável pelos seus actos, perante a adversidade não culpou terceiros. Não viveu este tempo todo como uma mácula no seu currículo ou algo de que se envergonhe, mas sim como uma fonte de aprendizagem . Dispôs de boas doses de assertividade e auto-estima, mantendose fiel ao seu propósito com perseverança, rodeando-se de outro tipo de pessoas e frequentando outros locais com novos horizontes, não deixando de trabalhar para criar as condições que favoreçam o seu desejo legitimo, que persegue, de voltar a ser presidente de Câmara.
A vida é demasiado curta para nos preocuparmo- nos se as pessoas concordam com as nossas opiniões, mas neste caso a população matosinhense quer Narciso de volta. Como acho que não devemos andar por aí a repisar desgostos e arrependimentos. Muitas das coisas que parecem tragédias acabam por transformar-se na melhor coisa que nos aconteceu e como tudo está interligado. Narciso: o NM – não mitigado, dirá, um destes dias, com um sorriso nos lábios «estou extremamente grato a alguns senhores do PS, por basicamente terem destruído a minha relação com o partido».
Joaquim Jorge
Tenho seguido o percurso político de Narciso Miranda, sendo seu conterrâneo e amigo pessoal há longos anos, nasci em S.Mamede de Infesta e frequentemente cruzava-me em tempos idos com esta personalidade, ilustre e emblemática da nossa terra – Matosinhos.
Escrevi há tempos um artigo «Próximo passo… de Narciso Miranda» , e apercebi-me agora que está na disposição de se candidatar à CMMatosinhos. Essa sua ideia amadurecida, penso eu, há longo tempo, vai colidir com o seu partido de sempre, o PS, mas ao qual é alheio.A sua legitimidade democrática, como cidadão, e o seu direito a concorrer é inverosímil.
O afunilamento da vida partidária, muita gente não se reconhece nos partidos tal como eles funcionam, o esclerosamento da vida partidária, ou seja, o crescente desinteresse pela política e o progressivo e preocupante divórcio entre cidadãos e instituições. A convicção de que a renovação da vida política e dos próprios partidos não pode fazer-se apenas dentro dos aparelhos existentes, a necessidade de abrir novos caminhos à participação dos cidadãos e criar novas formas de interessar as pessoas pela vida política.
A sua candidatura é desejada pela larga maioria da população de Matosinhos, basta auscultar os cidadãos na rua – é o melhor barómetro. Poderá tornar-se um encontro de gerações, em que Narciso regenerando-se, com uma equipa nova, terá um futuro marcante e fará história na vida autárquica portuguesa. Asua candidatura deverá ser contra o excesso de fulanização na actual vida política, com disponibilidade para a cidadania com membros do partido socialista e cidadãos não filiados.A sua conduta é irrepreensível, saindo com elevação e classe, acatou as indicações do partido a nível nacional, esteve empenhado na vitória da CMM, apesar de ter sido arredado da presidência numa atitude de humildade democrática que mostra uma inteligência rara e uma sabedoria só ao alcance de alguns.
Em política, ter memória é um factor determinante para as “pessoas de bem”, assim como a ética pessoal, a amizade e a lealdade.Narciso, perante o revés da impossibilidade de concorrer à CMM pelo seu partido, teve uma atitude positiva. O seu optimismo ancorou-se não na ingenuidade, mas sim na lucidez e no compromisso com o seu trabalho e as suas gentes. Foi responsável pelos seus actos, perante a adversidade não culpou terceiros. Não viveu este tempo todo como uma mácula no seu currículo ou algo de que se envergonhe, mas sim como uma fonte de aprendizagem . Dispôs de boas doses de assertividade e auto-estima, mantendose fiel ao seu propósito com perseverança, rodeando-se de outro tipo de pessoas e frequentando outros locais com novos horizontes, não deixando de trabalhar para criar as condições que favoreçam o seu desejo legitimo, que persegue, de voltar a ser presidente de Câmara.
A vida é demasiado curta para nos preocuparmo- nos se as pessoas concordam com as nossas opiniões, mas neste caso a população matosinhense quer Narciso de volta. Como acho que não devemos andar por aí a repisar desgostos e arrependimentos. Muitas das coisas que parecem tragédias acabam por transformar-se na melhor coisa que nos aconteceu e como tudo está interligado. Narciso: o NM – não mitigado, dirá, um destes dias, com um sorriso nos lábios «estou extremamente grato a alguns senhores do PS, por basicamente terem destruído a minha relação com o partido».
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texto repescado que prova a liberdade de expressão e isenção deste espaço.