NARCISO MIRANDA
No próximo dia 11 de Fevereiro os portugueses vão ser chamados, novamente, a manifestarem a sua opinião sobre a IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez). Há cerca de oito anos, no último referendo, ganhou o NÃO em votação não muito expressiva e, por isso, temos mais uma oportunidade, uma grande oportunidade, para que, com o nosso contributo, se resolva um problema. O aborto existe. Faz-se todos os dias. São milhares de mulheres que todos os anos decidem, por opção, em consciência, abortar. Só que tudo é feito na clandestinidade, às escondidas, sem condições de segurança, sem dignidade, de forma humilhante para a mulher. Pretende-se resolver este problema. Acabar com a vergonha nacional do aborto clandestino, inadmissível num país desenvolvido e moderno que continua a fingir que nada se passa. A sociedade portuguesa já despenalizou o aborto ao tolerar a situação. No entanto, num Estado de Direito não é aceitável que exista uma lei que criminaliza o aborto, ao contrário do que acontece na maioria dos países comunitários, e depois fica tudo no faz-de-conta. Não acontece nada. Não. Isto não é solução. O problema existe e é necessário resolvê-lo. Não se trata de liberalizar, não se trata de legalizar, não se trata de nada disso. Trata-se de dar às pessoas um ombro, um apoio, uma resposta, uma orientação e, sobretudo, zelar pela sua saúde. Trata-se de acabar com esta injusta humilhação. O aborto não é pertença de ninguém, de partidos, de poderes instituídos ou de religiões. É uma questão das pessoas, de todos e de cada um. Por isso, pelo respeito que tenho pelas pessoas, pelos jovens, pelos mais desfavorecidos, pelas mulheres, no próximo Domingo, voto SIM. Voto SIM porque o Sim não promove o aborto. O que o promove é a clandestinidade, isso é a liberalização selvagem. Quem está contra a vida é quem empurra a mulher para o aborto clandestino. Voto SIM porque o que está em causa no referendo é tão só e apenas se a investigação e até a prisão é a resposta que a sociedade dá à mulher que aborta. Voto SIM porque o problema tem que deixar de ser tratado por sistemas policial e judicial para passar a ser tratado nos sistemas da saúde e apoio social. A nossa aversão à mudança não pode permitir que se perca esta grande oportunidade. Por isso, voto Sim porque esta é também uma questão de liberdade e civilizacional.
No próximo dia 11 de Fevereiro os portugueses vão ser chamados, novamente, a manifestarem a sua opinião sobre a IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez). Há cerca de oito anos, no último referendo, ganhou o NÃO em votação não muito expressiva e, por isso, temos mais uma oportunidade, uma grande oportunidade, para que, com o nosso contributo, se resolva um problema. O aborto existe. Faz-se todos os dias. São milhares de mulheres que todos os anos decidem, por opção, em consciência, abortar. Só que tudo é feito na clandestinidade, às escondidas, sem condições de segurança, sem dignidade, de forma humilhante para a mulher. Pretende-se resolver este problema. Acabar com a vergonha nacional do aborto clandestino, inadmissível num país desenvolvido e moderno que continua a fingir que nada se passa. A sociedade portuguesa já despenalizou o aborto ao tolerar a situação. No entanto, num Estado de Direito não é aceitável que exista uma lei que criminaliza o aborto, ao contrário do que acontece na maioria dos países comunitários, e depois fica tudo no faz-de-conta. Não acontece nada. Não. Isto não é solução. O problema existe e é necessário resolvê-lo. Não se trata de liberalizar, não se trata de legalizar, não se trata de nada disso. Trata-se de dar às pessoas um ombro, um apoio, uma resposta, uma orientação e, sobretudo, zelar pela sua saúde. Trata-se de acabar com esta injusta humilhação. O aborto não é pertença de ninguém, de partidos, de poderes instituídos ou de religiões. É uma questão das pessoas, de todos e de cada um. Por isso, pelo respeito que tenho pelas pessoas, pelos jovens, pelos mais desfavorecidos, pelas mulheres, no próximo Domingo, voto SIM. Voto SIM porque o Sim não promove o aborto. O que o promove é a clandestinidade, isso é a liberalização selvagem. Quem está contra a vida é quem empurra a mulher para o aborto clandestino. Voto SIM porque o que está em causa no referendo é tão só e apenas se a investigação e até a prisão é a resposta que a sociedade dá à mulher que aborta. Voto SIM porque o problema tem que deixar de ser tratado por sistemas policial e judicial para passar a ser tratado nos sistemas da saúde e apoio social. A nossa aversão à mudança não pode permitir que se perca esta grande oportunidade. Por isso, voto Sim porque esta é também uma questão de liberdade e civilizacional.