DANIEL BRAGA
Mais importante do que o voto de cada um de nós pelo SIM ou pelo NÃO no referendo sobre a despenalização do aborto até às 10 semanas, é o contributo que todos podemos e devemos dar, de uma forma cívica e consciente, para que,a partir de agora seja possível a criação de condições para que mais mulheres não sofram a humilhação e a vergonha por um acto que voluntariamente nunca o fariam, e que deixem também de sofrer na pele o estigma que as marcará para sempre. Para que tal não aconteça, é necessário que substituamos no nosso vocabulário a palavra crime por mais planeamento familiar, mais e melhor aconselhamento médico e um maior acompanhamento das equipas de psicólogos e psquiatras a essas mesmas mulheres, muitas delas em gravidezes consideradas de risco. Um qualquer vão de escadanão pode nem deve ser solução para o para o problema da interrupção de uma gravidez que, por um qualquer motivo de força maior, não é desejada pela mulher.Mas também proponho que se reflicta sobre o reverso da medalha, isto é, não se tratando de aborto livre a pedido da mulher (contra o qual também me insurjo) o que fazer perante a tomada de uma decisão?A mulher decide e...ponto final?E decide porquê?Com a conivência do companheiro?E se decide sózinha, qual a posição do companheiro?Concordará? É certo que o corpo é da mulher, mas o filho foi gerado por ambos....E porque terá de ser forçosamente assim?E se ela,mesmo contra a vontade do companheiro, decide abortar?Que sequelas físicas e psíquicasficarão de uma tal decisão?A decisão de uma tal importância não deverá ser discutida, ponderada e partilhadaentre todos os intervenientes primeiros (a mulher, o companheiro, a família e as equipas de acompanhamento e aconselhamento)?E qual o papel do Estado?Porquê punir e não prevenir e ajudar? E não menos importante...o que foi destruído (não a coisa humana como alguém desagradavelmente lhe chamou), sendo já uma vida ou não, não teve hipótese de escolha e foi posto perante a não possibilidade irremediável de ser um dia um bébé passando por todas as etapas de vida e crecimento a que tem direito? E se fosse eu? Ou você?....Reflictamos um pouco e com o nosso voto consciente e responsável procuremos todos encontrar uma caminho e uma solução de dignidade.
professor
Mais importante do que o voto de cada um de nós pelo SIM ou pelo NÃO no referendo sobre a despenalização do aborto até às 10 semanas, é o contributo que todos podemos e devemos dar, de uma forma cívica e consciente, para que,a partir de agora seja possível a criação de condições para que mais mulheres não sofram a humilhação e a vergonha por um acto que voluntariamente nunca o fariam, e que deixem também de sofrer na pele o estigma que as marcará para sempre. Para que tal não aconteça, é necessário que substituamos no nosso vocabulário a palavra crime por mais planeamento familiar, mais e melhor aconselhamento médico e um maior acompanhamento das equipas de psicólogos e psquiatras a essas mesmas mulheres, muitas delas em gravidezes consideradas de risco. Um qualquer vão de escadanão pode nem deve ser solução para o para o problema da interrupção de uma gravidez que, por um qualquer motivo de força maior, não é desejada pela mulher.Mas também proponho que se reflicta sobre o reverso da medalha, isto é, não se tratando de aborto livre a pedido da mulher (contra o qual também me insurjo) o que fazer perante a tomada de uma decisão?A mulher decide e...ponto final?E decide porquê?Com a conivência do companheiro?E se decide sózinha, qual a posição do companheiro?Concordará? É certo que o corpo é da mulher, mas o filho foi gerado por ambos....E porque terá de ser forçosamente assim?E se ela,mesmo contra a vontade do companheiro, decide abortar?Que sequelas físicas e psíquicasficarão de uma tal decisão?A decisão de uma tal importância não deverá ser discutida, ponderada e partilhadaentre todos os intervenientes primeiros (a mulher, o companheiro, a família e as equipas de acompanhamento e aconselhamento)?E qual o papel do Estado?Porquê punir e não prevenir e ajudar? E não menos importante...o que foi destruído (não a coisa humana como alguém desagradavelmente lhe chamou), sendo já uma vida ou não, não teve hipótese de escolha e foi posto perante a não possibilidade irremediável de ser um dia um bébé passando por todas as etapas de vida e crecimento a que tem direito? E se fosse eu? Ou você?....Reflictamos um pouco e com o nosso voto consciente e responsável procuremos todos encontrar uma caminho e uma solução de dignidade.
professor