António Fernandes |
A tónica dominante dos discursos proferidos pelos
candidatos do Partido Socialista ao Parlamento Europeu e do seu Secretário
Geral, António Costa, foi no sentido do necessário reforço dos ideais políticos
da esquerda democrática.
Uma esquerda democrática que se pretende sustentada, em
políticas estruturais de convergência nacional com abrangência internacional,
tendo em conta o contexto da Europa atual
com o projeto de Europa social proposto pelos partidos que constituem o
PES-Partido Socialista Europeu, num tempo em que o maior grupo político no Parlamento
Europeu, o PPE-Partido Popular Europeu, tem projeto político e ideológico
distinto ao ponto de ser, em alguns casos, antagónico, como acontece na atual
conjuntura de convergência de interesses politico-estratégicos entre o PPE e a
estrema direita emergente nos vários países membros com especial ênfase na
Italia; Espanha; França; Grécia; e outros; em que, a estagnação económica e do
desenvolvimento social é a sua pretensão maior.
Em contrapartida, o Partido Socialista Europeu – PES, defende
o aumento da prosperidade sustentável dos povos que representa, no quadro de
referência daquilo que são os seus compromissos com a defesa das pretensões
nacionais assumidas.
António Costa foi suficientemente claro na afirmação dos
valores que norteiam o Partido Socialista enquanto pilares centrais do seu
percurso político em que, o emprego e o equilíbrio social, assumiram relevância
estratégica política nacional, com repercussão internacional, de que não abdica
e de que, apontando exemplos de sucesso político, social e económico,
nacionais, a Europa necessita com urgência para se manter na linha da frente
nos planos:
1. geoestrategico;
2. geopolítico;
3. inovação
tecnológica;
4. alteração
dos paradigmas institucionais;
5. equilíbrio
social;
6. equilíbrio
ambiental;
7. entre
outros;
De forma a que, a Europa continue a ser a vanguarda que
assegura o necessário equilíbrio intercontinental onde a paz e o direito à vida
sejam o primeiro e principal objetivo político de um futuro que se quer
promissor e de esperança para as novas gerações.
António Costa enumerou vários exemplos de correção política
da estratégia do Governo antecessor (Governo de Passos Coelho) onde a
introdução e implementação de políticas de esquerda surtiram efeito e,
transformaram um País em colapso económico e socialmente miserabilista, num
País de referência internacional de sucesso, recuperação económica e, socialmente
renovado com a reposição de direitos que haviam sido retirados aos cidadãos
assim como o aumento da sua capacidade financeira de aquisição de produtos que
foi significativamente reforçada produzindo um efeito de repercussão no tecido
da produção primária e secundária com os resultados conhecidos e,
internacionalmente reconhecidos.
Portugal é assim, na Europa e no Mundo, um pequeno País que
se destaca pela positiva graças ao trabalho de um Governo do Partido Socialista
que soube sentir aquilo que são os deveres da esquerda democrática no atual
contexto e conjuntura internacional da correlação das forças em presença, de
forma a razoabilizar o presente abrindo portas para o futuro.