António Fernandes |
As redes sociais, como
tudo, tem aspetos positivos e negativos. Sendo que, os negativos, como em tudo
na vida, tem sempre um maior realce, na nossa cultura.
Um aspeto positivo: a
facilidade em comunicar.
Um aspeto negativo: a
facilidade em manipular as fontes que veiculam a comunicação.
Ora, as notícias falsas,
veiculadas por fontes especializadas, tem assumido ser assunto dominante desde
a massificação das redes sociais tal e qual as conhecemos em suporte
informático com maior uso na rede de telecomunicações móveis, uma vez que
influenciam e, muitas vezes determinam, o rumo de acontecimentos vitais para a
organização social, política, económica, religiosa e outras, dos cidadãos, em
sociedades mais ou menos civilizadas consoante o interesse geopolítico e
geoestratégico territorial ou económico, entre outros fatores relevantes para o
que estiver em causa no tempo e, no momento preciso.
As notícias falsas
sempre foram uma conduta do poder nos mais diversos cenários: políticos;
militares; sociais e outros.
Nesse sentido, os
agentes políticos tem de ter consciência de que as diretrizes politicas legais
que emanam devem ser catalisadoras de justiça social e nunca o contrário como
vem acontecendo e que, as eleições a que se submetem se devem ganhar com
esclarecimentos diretos, o que não é fácil nos tempos que correm em que há quem
já tenha ganho eleições sem sair de casa, e em que o cidadão também tem a sua
cota parte de culpa porque colabora ativamente com esta nova dinâmica por mero
comodismo.
As redes sociais são o
resultado da organização política e social existente que se tem vindo a ajustar
a mudanças constantes em função das necessidades emergentes e da sua satisfação
por Governos liderados por agentes políticos moldados por forças externas ao
poder político, mas detentoras daquele que é o poder efetivo.
O agente político,
passivos como sempre no que toca ao desenvolvimento do conhecimento, condição
que lhe passa completamente ao lado, fica à mercê de quem possui e domina esse
mesmo conhecimento. As Academias, nichos de tecnocratas.
Circunstância que vicia
as regras da disputa do poder uma vez que uns sempre o tiveram e outros se
sujeitam a eleições legitimando um engenho de modelo político dominado por
tecnocratas e por todos os seus preconceitos, em uma democracia onde o agente
político se presume ser um cidadão comum conhecedor das realidades conjunturais
dos demais cidadãos comuns em que a articulação entre a necessidade e a solução
não tem soluções de “régua e esquadro” por necessidade da convergência de
sensibilidade apurada. O que não é, de todo, algo que fascine os tecnocratas.
Os partidos políticos
atravessam por diversos motivos a sua maior crise existencial, tal qual o
sindicalismo e demais estruturas da organização social popular, de forma que a
sua existência começa a ser questionada um pouco por todo o mundo.
Talvez por isso o
populismo ganhe adeptos passado que foi o tempo em que os académicos detinham a
dianteira. Simplesmente, com o evoluir dos tempos, num tempo em que a
vulgaridade também atingiu essa suposta elite social, o populismo sub-reptício
alicerçou domínio que havia adormecido e alavancou força de sempre com uma nova
forma e, pelos canais de sempre: a comunicação nas suas diversas formas
conjugadas. No caso, as redes sociais.
Algo que foi
estrategicamente criando para defesa dos seus interesses determinantes.
Assim sendo, as redes
sociais não trouxeram nada de novo a não ser a forma, naquilo que sempre foi a
contra informação estratégica que os interesses internacionais desde sempre
fomentaram.
Um fenómeno
rotineiramente ajustado através de uma articulação precisa entre todos os
interesses em presença, mas em que, os maiores interesses são sempre os que
mais beneficiam. Ou, não fossem esses que dominam as regras. Porque, quem
financia toda a engrenagem da História foi sempre quem até hoje despendeu a sua
força de trabalho na extração, transformação e consumo das matérias primas e
seus derivados. Objetivando o presente: todos nós!