05/12/2018

Os interesses de sempre na organização social




António Fernandes 
A extrema-direita direita após o ciclo de ditadura nacional e internacional sempre se manteve organizada em torno de grandes grupos de controlo ideológico das massas manipulados pelos interesses financeiros que não se coibiram do financiamento dos testes nucleares dos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki para o controlo político internacional através do medo sem nunca subestimarem o papel crucial da educação na formatação do Homem de ontem, de hoje e, de amanhã.
A divisão social por classes consoante o extrato social de origem ou os rendimentos auferidos foi-se escalonando de acordo com o evolução das suas necessidades e, em consequência dos seus rendimentos.
Desde o esclavagismo negreiro ao esclavagismo da idade média com trabalho sem salário até à conquista do salário já em plena revolução industrial entre a burguesia dominante e a plebe dominada não havia classes intermédias.
Com a revolução industrial surgem condições para novos paradigmas sociais de controlo por diferenciação de rendimentos que se refletem na organização social das cidades em torno das indústrias e da organização política e social da  Nação.
A Internacional Socialista é uma consequência desta disputa pelo poder que então se instalou e que degenerou nas duas grandes guerras.
Maio de 68 é um marco Histórico num tempo de rebelião internacional maioritariamente jovem com algumas raizes no movimento hippie um movimento pela liberdade que foi habilmente transformado em movimento por libertinagem.
Os Partidos Políticos de pendor social democrata surgem para travar o avanço dos sindicatos junto do proletariado de então maioritariamente aderentes das correntes comunistas que, curiosamente, foram quem fundou a Internacional Socialista.
Esta evidência mostra a preocupação dos interesses financeiros de então em controlar o poder fosse de que forma fosse.
Neste ciclo houve alguns momentos paradigmáticos: Aldo Moro; Leon Trótski; Olofe Palme; John F. Kennedy; entre outros.
Todos eles assassinados por “questões políticas desconhecidas” salvo o Trótski que o foi por motivo sobejamente conhecido assim como Ernesto Rafael Guevara de la Serna.
 Ou seja;
Aquilo a que hoje assistimos não é novo.
Tem é outros protagonistas.
Sempre foi uma luta titânica de interesses entre quem tem e quem não tem.
A classe média que surge como “fiel da balança” nesta luta por ser a classe mediadora dos conflitos deixa de o ser tão só porque o seu papel neste puzzle deixou de fazer sentido num tempo em que o binômio ricos e pobres se acentuou na partilha da riqueza produzida acentuando incomensuravelmente o fosso entre ambos.
O atual contexto de desenvolvimento prescindiu das grandes concentrações de operários para se centrar no conhecimento técnico para o manuseamento dos equipamentos existentes. Tudo o mais a máquina faz.
Daí que, para concluir, sem encontrar culpados pelo curso natural da História como forma de resposta a necessidades da Humanidade, ajuize que o futuro continuará a ser a luta pelos interesses que, como é óbvio, influi nos direitos, liberdades e garantias a que todos temos direito.
Por isso o papel político de todos os que se identificam com os valores do progresso e na construção de um novo modelo de organização social para a Humanidade seja de extrema importância.
Sem panaceias ou lamechas porque a História acontece e por isso carece de soluções para as quais contribuiremos sem certezas mas, com convicções!