Joaquim Jorge,
fundador do Clube dos Pensadores (CdP), convidou António Capucho, co- fundador
do PSD, para estar presente como convidado de honra, no dia 14 de Maio,
segunda-feira, pelas 21:30, no Hotel Holiday Inn em Gaia.
António Capucho, já esteve no
CdP na era Passos Coelho, volta agora na era Rui Rio.
O debate, que
será moderado por Joaquim Jorge, com tema livre
incidirá em tudo: em António Capucho; no PSD; liderança
de Rui Rio; no 25 de Abril; no funcionamento dos partidos; no panorama da
política nacional.
António Capucho, destacado
militante do PSD, foi expulso do partido, ao fim de mais de 40 anos de
militância, partido que ajudou a fundar juntamente com Francisco Sá Carneiro,
por integrar e apoiar uma candidatura independente à CM Sintra, adversária do
PSD, nas eleições autárquicas de 2013,
na qualidade de deputado municipal.
Porém, muitos
militantes do PSD apoiaram das mais variadas formas candidaturas contrárias às
do seu partido – PSD –, mas não foram expulsos, a decisão de expulsão baseou-se
unicamente na integração de listas aos diferentes órgãos autárquicos.
Esta decisão, na
altura, foi polémica, os estatutos do PSD, no artigo 9.º
determinam que cessa a inscrição no Partido
dos militantes que se apresentem em qualquer acto eleitoral nacional, regional
ou local na qualidade de candidatos, mandatários ou apoiantes de candidatura
adversária da candidatura apresentada pelo PPD/PSD.
Se tivesse sido
aplicada à risca os estatutos do PSD, centenas de militantes do PSD teriam sido
expulsos casos de: Miguel Veiga (recentemente falecido), Valente de Oliveira,
Arlindo Cunha (todos apoiantes de Rui
Moreira), entre outros. Ou seja, fora os próprios candidatos, os
mandatários e os subscritores das candidaturas, escaparam.
António Capucho gostava de
regressar ao PSD com o antigo número de militante (n.º 326) e processo de expulsão arquivado. António Capucho nunca
escondeu ter simpatia por Rui Rio, em Outubro de 2017, admitira regressar desde
que o antigo autarca do Porto estivesse na liderança e com garantia de que o
PSD regressasse à sua matriz social-democrata.Agora, que Rui Rio é líder,
António Capucho fez um requerimento que tinha encabeçado - em nome de 18 militantes expulsos do partido por
apoiarem uma candidatura independente nas autárquicas de 2013, em Sintra - e no qual pedia a revogação da decisão tomada há cinco
anos. O Conselho de
Jurisdição indeferiu o seu pedido.É incompreensível uma decisão destas! António Capucho
não é um militante qualquer, para além de fundador do PSD, era militante há 44
anos e o que pede não é nada demais. Depois os motivos que levaram à sua
suspensão não têm razão de ser, o tempo deu-lhe razão. O PSD apoiou Marco
Almeida em 2017 que tinha sido apoiado pelo mesmo António Capucho em 2013, que
provocou a sua expulsão. Rui Rio deveria tomar uma posição a favor da sua
readmissão sem condições.
António Capucho
tem uma vasta carreira política, desempenhou vários cargos no PSD:
secretário-geral, vice-presidente da Comissão Política Nacional, deputado,
líder parlamentar e eurodeputado. Em funções governamentais: secretário de
Estado Adjunto do Primeiro-Ministro; Ministro da Qualidade de Vida; Ministro
dos Assuntos Parlamentares. Por fim, foi presidente da CM Cascais.
O
CdP nos seus últimos debates recebeu Mário Nogueira líder da Fenprof, António
Saraiva líder da CIP , Pedro Duarte do PSD, Paula Teixeira da Cruz ex-ministra
da Justiça; Jaime Nogueira Pinto politólogo e José Ramos-Horta prémio
Nobel da Paz.
Clube dos Pensadores