Valdemar Ribeiro |
Portugal
pode exportar pequenas e médias empresas.
Diz Geraldo André ”quem sabe faz a hora não
espera acontecer”.
Portugal apesar de país relativamente
pequeno, é possuidor de algum poder económico, possui capitais humanos e tecnológicos
e outros, tem capacidade empresarial e possui mão de obra capaz e experiente.
Possui pequenas e médias empresas
estabilizadas e com sucesso no seu mercado interno e desejosas de expandirem suas
atividades pois isto faz parte do ADN de quase todos os empresários.
Muitos empresários portugueses vindos das
ex-colónias com know-how, incutiram em seus filhos, hoje empresários, o desejo
de um retorno ao lugar de onde partiram e do qual ainda têm ligações afetivas.
Dentro do mercado português há dificuldades
de vária ordem para uma expansão empresarial e por isso as pequenas e médias
empresas portuguesas dificilmente poderão crescer, há exceções.
Quem faz um país crescer e gera verdadeiro
desenvolvimento criando empregos são as pequenas e médias empresas.
Se uma pequena ou média empresa quiser
aventurar-se no mercado externo sozinha é muito complicado não só pela
concorrência que vai encontrar, pelo desconhecimento desse novo mercado, pela
criação das condições mínimas necessárias para a sua instalação no novo país,
pela adaptação às leis do novo país, pela cultura do povo aonde se pretende
inserir, etc..
Os governantes portugueses, sabendo da
dificuldade que uma pequena ou média tem em instalar-se num novo país dentro da
CPLP, podem ajudar a desenvolver nesses países da CPLP com parcerias em projetos
denominados “Pólos de Desenvolvimento Sustentado Económicos e Sociais “.
Esses projetos consistem na exportação de pequenas ou médias empresas portuguesas
desejosas de expandirem-se.
As empresas selecionadas em função de sua
capacidade e competência e estabilizadas no mercado português terão de ser empresas
estratégicas necessárias ao desenvolvimento do país acolhedor e sejam uma
mais-valia para esses países.
Esses projetos têm como objetivos imediatos a
geração de empregos e formação de mão-de-obra especializada nos países acolhedores
dos projetos e certamente teriam de ter
motivação fiscal.
Portugal só beneficiaria e os países
acolhedores também.
Os empresários com idade mais avançada
poderão não mostrar interesse em deslocarem-se para um outro país mas
certamente os empresários mais novos e até filhos desses empresários certamente
mostrarão interesse.
Os Pólos de desenvolvimento Industrial nos
PALOP , per si, estão a ter muitas dificuldades em desenvolverem-se sozinhos.
Estes projetos para terem um desenvolvimento
sustentado e acelerado, precisam de ser projetos bilaterais com o apoio direto
dos governantes desses dois países.
Uma parte destes Pólos Industriais seriam
utilizados para habitação e desenvolvimento social dos empresários ali
instalados e a outra parte seria utilizada para desenvolvimentos dos projetos
industriais.
Cada um dos Pólos teria de envolver empresas estratégicas
produtivas, despachantes, bancos, Instituições do Governo para agilizarem todos
os processos legais, etc..
O Pólo pode ter o apoio de escolas do ensino
básico, médio e universitário.
É o nosso desejo.