18/05/2018

ANGOLA - DESENVOLVIMENTO DE PÓLOS INDUSTRIAIS





Valdemar Ribeiro 
Portugal pode exportar pequenas e médias empresas.
Diz Geraldo André ”quem sabe faz a hora não espera acontecer”.  
Portugal apesar de país relativamente pequeno, é possuidor de algum poder económico, possui capitais humanos e tecnológicos e outros, tem capacidade empresarial e possui mão de obra capaz e experiente.
Possui pequenas e médias empresas estabilizadas e com sucesso no seu mercado interno e desejosas de expandirem suas atividades pois isto faz parte do ADN de quase todos os empresários.
Muitos empresários portugueses vindos das ex-colónias com know-how, incutiram em seus filhos, hoje empresários, o desejo de um retorno ao lugar de onde partiram e do qual ainda têm ligações afetivas.
Dentro do mercado português há dificuldades de vária ordem para uma expansão empresarial e por isso as pequenas e médias empresas portuguesas dificilmente poderão crescer, há exceções.
Quem faz um país crescer e gera verdadeiro desenvolvimento criando empregos são as pequenas e médias empresas.
Se uma pequena ou média empresa quiser aventurar-se no mercado externo sozinha é muito complicado não só pela concorrência que vai encontrar, pelo desconhecimento desse novo mercado, pela criação das condições mínimas necessárias para a sua instalação no novo país, pela adaptação às leis do novo país, pela cultura do povo aonde se pretende inserir, etc..
Os governantes portugueses, sabendo da dificuldade que uma pequena ou média tem em instalar-se num novo país dentro da CPLP, podem ajudar a desenvolver nesses países da CPLP com parcerias em projetos denominados “Pólos de Desenvolvimento Sustentado Económicos e Sociais “.
Esses projetos consistem na exportação de pequenas ou médias empresas portuguesas desejosas de expandirem-se.
As empresas selecionadas em função de sua capacidade e competência e estabilizadas no mercado português terão de ser empresas estratégicas necessárias ao desenvolvimento do país acolhedor e sejam uma mais-valia para esses países.
Esses projetos têm como objetivos imediatos a geração de empregos e formação de mão-de-obra especializada nos países acolhedores dos projetos e certamente  teriam de ter motivação fiscal.
Portugal só beneficiaria e os países acolhedores também.
Os empresários com idade mais avançada poderão não mostrar interesse em deslocarem-se para um outro país mas certamente os empresários mais novos e até filhos desses empresários certamente mostrarão interesse.
Os Pólos de desenvolvimento Industrial nos PALOP , per si, estão a ter muitas dificuldades em desenvolverem-se sozinhos.
Estes projetos para terem um desenvolvimento sustentado e acelerado, precisam de ser projetos bilaterais com o apoio direto dos governantes desses dois países.
Uma parte destes Pólos Industriais seriam utilizados para habitação e desenvolvimento social dos empresários ali instalados e a outra parte seria utilizada para desenvolvimentos dos projetos industriais.
Cada um dos Pólos teria de envolver empresas estratégicas produtivas, despachantes, bancos, Instituições do Governo para agilizarem todos os processos legais, etc..
O Pólo pode ter o apoio de escolas do ensino básico, médio e universitário.
É o nosso desejo.