13/02/2018

Lideranças: considerando e tipificação



António Fernandes 
As diversas variáveis de contextualização das lideranças são, inexoravelmente, de exercício do poder.
Desde a imposição do poder pela força, (ditaduras tribais e de Estado, Monarquias feudais e outros) até à aceitação desse mesmo poder através de eleição (modelos democráticos de exercício); o poder politico e económico, de iniciativa empresarial, ou outras formas de exercício do poder com Lideranças Musculadas que em regra impõe o medo e a submissão ou, Lideranças ideológicas: as que pugnam por convicções de que é possível construir um modelo de sociedade em que a partilha solidária e a equidade distributiva serão possíveis e a sua capacidade em acautelar os impactos do futuro também; mais as Lideranças interativas que acreditam na coabitação dos vários modelos de organização social defendidos pelas outras correntes ideológicas.
Neste sentido, o exercício do poder através da liderança assume ser uma figura multifacetada e multidisciplinar.
No entanto, é a incerteza que constrói a conjuntura factual de todas as sociedades em sintonia com a evolução das civilizações, independentemente das formas de liderança pontual:
-       Lideranças impostas;
-       Lideranças escolhidas;
-       Lideranças socialmente aceites;
A liderança é a forma socialmente reconhecida ou imposta, de qualidade individual que produz efeitos e resultados coletivos, seja no plano teórico ou prático, de que destaco:
1. As lideranças em contexto de incerteza; (lideranças de gestão, de transição, ou em cenários de crise entre outras);
2. As lideranças de grupo; (étnico, social, político, religioso e outros);
3. As lideranças associativas corporativas; (grémios, ordens profissionais, ordens religiosas e outros);
4. As lideranças associativas cooperativas; (empresariais, agrícolas e outros);
5. As lideranças associativas de voluntariado; (coordenação de equipas de voluntários em todos os domínios e outros);
6. As lideranças no tecido empresarial produtivo; (iniciativa, controlo, produção, transformação, escoamento e outros);
7. As lideranças no tecido empresarial de serviços; (comportamentos, relação interpessoal, influência discursiva, produtividade e outros);
8. As lideranças no tecido empresarial do comércio; (aquisição, armazenamento, venda, relação com o cliente e outros);
9. As lideranças políticas nacionais; (poder legislativo, poder executivo, acordo de coligação, oposição e outros);
10. As lideranças políticas internacionais; (correlação de forças, equilíbrio social, globalização e outros);
11. As lideranças militares; (forças militares, organizações paramilitares e outras similares);
12. As lideranças múltiplas; (lideranças paralelas em Instituição. Uma liderança temporal vocacionada para a solidariedade social e uma outra liderança vocacionada para a atividade empresarial dessa mesma Instituição mais as lideranças intermédias de serviços distintos, como por exemplo: medicina; enfermagem; utentes; atividades externas e outras valências);
13. Outras tipologias; (a família na qualidade de célula principal de toda a organização das sociedades e, outros);
Nesse sentido as lideranças modernas e progressistas têm sempre como contraponto referencial as lideranças retrógradas ou conservadoras.
Seja no plano económico, social, político ou outro. Sendo que, esse contraponto referencial é o suporte de toda a estrutura social em mudança entre o passado e o futuro num período preciso que é o presente.
Temos assim estádios de avanço civilizacional que motivam a permanente incerteza nas lideranças mundiais e o seu posicionamento em concreto.
Objetivamente: a liderança é um método de comando de pessoas, em todos os domínios, através dos tempos em interação educativo-geracional, passado, presente e futuro.
Concluo assim que, a liderança é o somatório de conjuntos alargados de lideranças que agem, interagem, e que se combatem para se impor com dinâmicas autónomas mas, cada vez mais, estandardizadas por questões relacionadas com a necessidade de organização global, em tempos de paz.