António Fernandes |
Desde a imposição do poder
pela força, (ditaduras tribais e de Estado, Monarquias feudais e outros) até à
aceitação desse mesmo poder através de eleição (modelos democráticos de
exercício); o poder politico e económico, de iniciativa empresarial, ou outras
formas de exercício do poder com Lideranças Musculadas que em regra impõe o
medo e a submissão ou, Lideranças ideológicas: as que pugnam por convicções de
que é possível construir um modelo de sociedade em que a partilha solidária e a
equidade distributiva serão possíveis e a sua capacidade em acautelar os
impactos do futuro também; mais as Lideranças interativas que acreditam na
coabitação dos vários modelos de organização social defendidos pelas outras
correntes ideológicas.
Neste sentido, o exercício
do poder através da liderança assume ser uma figura multifacetada e
multidisciplinar.
No entanto, é a incerteza
que constrói a conjuntura factual de todas as sociedades em sintonia com a
evolução das civilizações, independentemente das formas de liderança pontual:
- Lideranças impostas;
- Lideranças escolhidas;
- Lideranças socialmente aceites;
A liderança é a forma
socialmente reconhecida ou imposta, de qualidade individual que produz efeitos
e resultados coletivos, seja no plano teórico ou prático, de que destaco:
1. As lideranças em
contexto de incerteza; (lideranças de gestão, de transição, ou em cenários de
crise entre outras);
2. As lideranças de grupo;
(étnico, social, político, religioso e outros);
3. As lideranças
associativas corporativas; (grémios, ordens profissionais, ordens religiosas e
outros);
4. As lideranças
associativas cooperativas; (empresariais, agrícolas e outros);
5. As lideranças
associativas de voluntariado; (coordenação de equipas de voluntários em todos
os domínios e outros);
6. As lideranças no tecido
empresarial produtivo; (iniciativa, controlo, produção, transformação, escoamento
e outros);
7. As lideranças no tecido
empresarial de serviços; (comportamentos, relação interpessoal, influência
discursiva, produtividade e outros);
8. As lideranças no tecido
empresarial do comércio; (aquisição, armazenamento, venda, relação com o
cliente e outros);
9. As lideranças políticas
nacionais; (poder legislativo, poder executivo, acordo de coligação, oposição e
outros);
10. As lideranças políticas
internacionais; (correlação de forças, equilíbrio social, globalização e
outros);
11. As lideranças
militares; (forças militares, organizações paramilitares e outras similares);
12. As lideranças
múltiplas; (lideranças paralelas em Instituição. Uma liderança temporal
vocacionada para a solidariedade social e uma outra liderança vocacionada para a
atividade empresarial dessa mesma Instituição mais as lideranças intermédias de
serviços distintos, como por exemplo: medicina; enfermagem; utentes; atividades
externas e outras valências);
13. Outras tipologias; (a família
na qualidade de célula principal de toda a organização das sociedades e, outros);
Nesse sentido as lideranças
modernas e progressistas têm sempre como contraponto referencial as lideranças
retrógradas ou conservadoras.
Seja no plano económico,
social, político ou outro. Sendo que, esse contraponto referencial é o
suporte de toda a estrutura social em mudança entre o passado e o futuro num
período preciso que é o presente.
Temos assim estádios de
avanço civilizacional que motivam a permanente incerteza nas lideranças
mundiais e o seu posicionamento em concreto.
Objetivamente: a liderança é
um método de comando de pessoas, em todos os domínios, através dos tempos em
interação educativo-geracional, passado, presente e futuro.
Concluo assim que, a
liderança é o somatório de conjuntos alargados de lideranças que agem,
interagem, e que se combatem para se impor com dinâmicas autónomas mas, cada
vez mais, estandardizadas por questões relacionadas com a necessidade de
organização global, em tempos de paz.