António Fernandes |
A Europa, enquanto espaço geográfico aonde
interagem múltiplas culturas: locais; regionais e nacionais; num todo
Continental, é o resultado de vicissitudes nos ajustamentos necessários aos
tempos, no tempo em que as mudanças ocorrem, aos processos de evolução social
correntes dentro dos parâmetros culturais locais e, decorrentes da interação
internacional inclusiva das múltiplas culturas que se cruzam, encontram e,
disseminam, em permanente mudança de que a História dá conta que envolvem o
poder da influência; de legislar; da governação politica; da relação familiar,
escolar, laboral, de proximidade e outras, com enfoque privilegiado para a
proximidade quotidiana em que a mediação dos conflitos sociais emergentes, em
consonância, ou sobre, a sociedade em geral e, em especial, na receção e
inclusão de outros povos em paridade de direitos, liberdades e garantias, tem
hoje as ferramentas necessárias para que a mediação através do diálogo
intercultural funcione em pleno e que, se assuma no Mundo contemporâneo, como o
espaço ideal para esse efeito.
Daí que, a Europa seja o Continente mais
procurado por outros povos que trazem consigo enraizadas culturas
diferenciadas, cuja finalidade é a de se estabelecerem num território aonde
pensam vir a encontrar as condições de estabilidade e de paz social para a sua
vida e a dos seus familiares diretos, sem quebrarem o vinculo cultural com as
suas origens: familiar; comunidade; religião; de Estado; de Nação; outras.
A multiplicidade intercultural é hoje uma
realidade incontornável no espaço Europeu, mais concretamente na U.E., tantos
são os elos de ligação social, desde a família à atividade social ou profissional,
de coabitação inclusiva na comunidade, conducentes a uma matriz que é
transversal a essa interculturalidade com raízes culturais comuns ao ponto de,
indelevelmente, se poder afirmar como sendo um processo dinâmico de dialética
da cultura Europeia do futuro.
Neste contexto, a mediação enquanto
processo de diálogo para o entendimento das partes tem um desempenho
determinante por ser a solução mais eficaz na estabilização e interiorização
cultural dessa nova realidade conjuntural com que as sociedades passadas,
presentes e futuras se tem deparado, deparam e depararão.
No entanto, a Europa intercultural, não é
um fenómeno que se aplique a todo o seu espaço geográfico Continental.
A Europa é um vasto Continente
multicultural formada por diversos Países aonde as maiores diferenças se
refletem no modelo politico adotado em cada um desses Países, ao longo da sua
História, mas também, na forma de organização religiosa assim como na expressão
linguística. Sendo que há matrizes elementares comuns em todas eles mas, de
ramos diferentes.