António Fernandes |
Quando um partido político não é próximo das pessoa e faz questão em
mostrar aos seus militantes, anónimos no sentido abstracto do termo porque ao
preencherem a ficha de inscrição esse anonimato não existe, mas que, para além
dessa formalidade, a sua participação é dispensada, essa sua forma de estar na
política sem o calor humano que devia ser a sua seiva, não é, nem na essência e
muito menos no conteúdo, um verdadeiro partido político.
Não representa interesse coletivo e por isso, não cumpre os requisitos legais que os seus estatutos e outros documentos internos impõe.
Não representa interesse coletivo e por isso, não cumpre os requisitos legais que os seus estatutos e outros documentos internos impõe.
Um partido político não é um banco de voluntariado que dispõe de uma
listagem de voluntários disponíveis para tarefas de serviço gracioso à
comunidade, só quando tal é necessário, a quem se manda um email ou uma SMS a
solicitar os seus serviços.
Assim como não é um grupo de amigos ou de antigos colegas de curso ou
qualquer coisa do género.
Um partido político é algo de muito diferente.
É uma organização que é socialmente formada para a discussão e resolução dos diversos temas que envolvem: problemas e soluções sociais; ambientais; recursos; e demais matérias do interesse para a vida e do seu equilíbrio nomeadamente na componente do modelo de organização política que os seus associados/militantes defendem como sendo o modelo político que melhor lhes assegura as condições de vida porque lutam.
É uma organização que é socialmente formada para a discussão e resolução dos diversos temas que envolvem: problemas e soluções sociais; ambientais; recursos; e demais matérias do interesse para a vida e do seu equilíbrio nomeadamente na componente do modelo de organização política que os seus associados/militantes defendem como sendo o modelo político que melhor lhes assegura as condições de vida porque lutam.
Confrontados com este novo modelo de partido político que se perfila
no quotidiano, o cidadão repensa a sua forma de se organizar politicamente e
questiona:
- Os partidos existem para defender os interesses das comunidades ou para defender interesses individuais ou cartelizados?
- Os partidos existem para defender os interesses das comunidades ou para defender interesses individuais ou cartelizados?
Aquilo que transcende os "muros" de algumas dessas organizações é o
resultado das políticas que implementam nuns casos e, a evidência da conduta na
grande maioria dos casos restantes que se constata.
Tudo o mais, é retórica repetida do irreal como sendo o real.
Tudo o mais, é retórica repetida do irreal como sendo o real.
Daí que seja corrente aparecerem movimentos de cidadãos que se dizem
independentes de vínculo partidário e movimentações de militantes políticos em
defesa da refundação das organizações políticas a que estão vinculados.
Obviamente de que o atual problema é bem mais profundo do que a
ligeireza com que é abordado por quem mais não aspira do que organizar a sua
vida e, por arrastamento, a dos que lhe seguem atrás e, o resto é paisagem.