Rogério Pires |
Quando Luís Delgado se refere aos cortes do OE 2016
matéria abordada por Passos Coelho e que lhe merece este comentário "Mas
cortes foi o que ele fez (referindo-se a Passos Coelho) e se este governo
também o fez e o Estado e as instituições continuam a funcionar é porque
essa verbas não eram necessárias". Um comentário deste feito por um qualquer apoiante da geringonça percebe-se, agora por um jornalista é difícil entender.
Ó Luís Delgado você, não houve nem lê as noticias ?
Não sabe que os cortes (cativações) em 2016 foram quase o dobro das de 2015
? Não viu a estatística divulgada recentemente sobre a lista de espera
para cirurgias que já é o pior resultado desde 2011 anos do resgate ? Não ouviu a noticia que a Unidade de enfartes agudos e de coronárias do Centro Hospital de Gaia/Espinho está fechado há mais de 6 meses com o equipamento avariado ? Não teve conhecimento da morte de uma doente em Coimbra que não pode ser operada na hora tendo sido adiada a cirurgia para o dia seguinte à espera que do Porto enviassem a prótese que já não chegou a tempo porque duas horas e meia depois a doente falecia ? Esquadras com frotas de 20 viaturas onde não há uma operacional.
Escolas que fecham ou reduzem o horário por não terem pessoal suficiente para já não me referir à simples falta de papel de fotocópia
ou de toners para as impressoras. Acha que a Protecção Civil
funciona
eficientemente com 64 mortes nos incêndios ? Que Portugal tendo menos
números de incêndios consegue ter metade da área ardida da Europa a 28,
sendo 4 vezes mais que a Espanha e praticamente o dobro da Itália. Quartéis
que são assaltados e roubados como foi o caso de
Tancos ? Na sua opinião
então tudo isto é para si o normal funcionamento do Estado ? O jornalismo
está a passar por uma grave crise na verdade com constantes encerramentos
de títulos de jornais e de revistas e a culpa é precisamente da classe dos
jornalistas e são muitos os que abandonaram a isenção, o rigor e a
informação séria, preferindo uma informação sectária, truncada, omissa e
até por vezes deturpada numa desenfreada protecção à
geringonça.