04/08/2017

BRAGA. UMA CIDADE SEM NORTE ÉTICO-POLITICO



António Fernandes 
A pronúncia pública sobre o modo como cada partido ou coligação faz a sua campanha política partidária a eleição autárquica deve ser sempre critica, mas ponderada.
Embora saibamos que a ética política é um predicado que a direita viola com regularidade desde que daí lhe venha proveito direto com efeito imediato no resultado que pretende.

Mas, a pronúncia, um mero ato de opinião, deve também ser imbuída do bom senso que rege a inteligência. Porque a mentira, umas vezes tem “perna curta”, mas… se, for permanentemente repetida, “lava” a memória e passa a “verdade” comummente aceite.

Por isso, a ilação política a tirar das frases avulsas impressas em alguns outdoors espalhados pela cidade que premeditadamente adensaram a névoa instalada na cidade desde Braga 2013, mais não são do que um comprovativo do logro coletivo com que temos sido brindados desde esse ano, em que a áurea que envolvia a conduta do primado da mentira conseguiu dar-lhe a resplandecência do descaramento afirmativo.

No entanto, ao que parece, a precipitação na análise feita por alguns. tem turvado o discernimento na resposta que, a ser dada por quem se sente lesado, devia ter sido dada com a subtileza adequada porque as intenções ficam sempre com quem as manifesta e não pode, nem deve afetar aqueles que não se reveem em conduta incorreta de baixeza moral e política.

Uma conduta pessoal e política imperdoável na disputa do poder político.

As “mensagens” avulsas em outdoors têm espicaçado a revolta condicionando assim a resposta devida.
Se é que a asneira deve ser alvo de resposta.

Aos candidatos dos partidos cabe ponderar a campanha que tem no terreno, a forma como a tem conduzido e concluir aonde é que tem falhado uma vez que o alarido produzido por frases avulsas tem redundado em efeito negativo na campanha, na conduta das direções político – partidárias, conseguindo um efeito direto indicador de que a agenda política mediática visando as eleições autárquicas passou para posse da coligação “Juntos por Braga” podendo inclusive o Partido Socialista perder o seu objetivo de esclarecimento sobre os candidatos que apresenta a sufrágio deixando-se enredar na teia urdida pela direção de campanha da direita em Braga.

Quando o conteúdo de um outdoor faz perder o norte a um partido com a responsabilidade política sobre tudo o que foi feito na cidade de Braga e que objetivamente pretende recuperar esse crédito ganhando a eleição autárquica para o Município de Braga, algo está muito mal na condução da orientação política dos homens e das mulheres que compõe as suas Listas em pré-campanha eleitoral, em que se deviam concentrar, divulgando os seus programas de ação aonde estão descritas as grandes linhas de orientação contemplando as carências sociais mais prementes assim como a sinalização e respetiva solução das permanentes alterações sociais e territoriais perspetivando uma nova sociedade. A sociedade do futuro!

Essa é que é a questão central.

Tudo o resto são apartes, desculpas, ou pretextos para tentar justificar o injustificável.

Do PSD já era notório comportamento inadequado no que toca a lisura e ética deontológica quando Hugo Soares lavrou a verborreia de que supostamente foi acometido e em seguida foi secundado em comunicado emitido pela Comissão Política do PSD de Braga, para espanto dos incautos, dando nota de contornos já nítidos da estratégia de campanha eleitoral orquestrada nos bastidores pelos seus mentores de rotinas-

A apropriação intelectual indevida da obra existente uma vez que nada tinham de relevante para apresentar, por si realizada, ao eleitorado, insere-se numa estratégia de subalternização prepotente e claro menosprezo pelos seus rivais diretos.

O PS já tinha outdoors anunciando o seu candidato ao município assim como o BE e a CDU apresenta outdoors generalizados a todas as candidaturas nos diversos municípios.

Adivinha-se assim uma campanha ao nível dos seus interlocutores.

Demasiado má para ser verdade.

Fica, no cidadão anónimo, a expetativa de que o período de férias em que nos encontramos, os agentes políticos se retirem para retiros de introversão e de empenho no compromisso de servir as populações, uma vez que as escolhas que fizeram ditarão o seu futuro.