António Fernandes |
O filtro dos canais disponíveis para cada utilizador são de
acesso restrito até cerca de duas centenas e meia de utilizadores, de acordo
com um principio interativo médio apurado das conexões mais regulares entre
sítios vulgarmente conhecidos pelo “perfil”, entre si. E se a postura for a de
mero espectador sem qualquer interação entre endereços, a redução da
“visibilidade” daquilo que os “amigos” publicam atinge níveis de ocupação de
canal só para manter ao cibernauta o interesse no uso do meio.
O motor de busca
mais utilizado é o da Google nas versões que disponibiliza a todos os
utilizadores de serviços alojados ou de simples servidores de transito
teletransportado seja de voz, do som, da imagem, ou da combinação elétrica das
três componentes em pacotes de dados, como tais tratados, após desfragmentação
física para conversão em sinal elétrico.
Sobejamente
conhecido, o “Dr.” Google, fornece informação em tempo útil ao interessado
sobre a quase totalidade dos assuntos do interesse comum. Uma ferramenta que
possibilita aos letrados neste domínio, comodamente sentados no sofá em casa,
ou mesmo no emprego – o que já tem sido motivo de processo disciplinar e
despedimento, e também, de proibição de conexão com rede social ou outros que
não tenham que ver com o exercício da sua atividade em diversas empresas e
serviços -, ao telemóvel, - o que se suspeita ser a causa maior dos acidentes
rodoviários e outros acidentes do foro familiar -, no café, na escola, ou em outro
qualquer local, apresentar como seu, conhecimento facultado pelo “Dr.” Google”
fornecido por terceiros a uma base de dados alojada num servidor, algures.
Sendo comum o recurso a Wikipédia existente sobre o assunto pretendido.
Acontece que neste
domínio a fiabilidade da informação não tem o rigor indispensável ao saber. O
que motiva, não raramente, distorções e erros na informação que contem quando
de especificidade trate. A que acresce possível alteração na veiculação da
informação alvo colhida.
Uma forma de vida e
de lazer nos tempos correntes que, sendo negativa por ser ilusória no domínio
do expectável, contem aspetos positivos imediatos porque
provoca o interesse e deixa sempre resíduo de saber.
O que também se constata
é a procura constante e generalizada feita por todos os quadrantes sociais de
informação imediata para divulgação, assim como suportes de correção tradução e
outros na escrita, geográficos, científicos e o que demais houver de interesse
no momento, para sustentar discussões correntes em fóruns ou editar no perfil
individual.
Esta nova forma de
aprendizagem, no recato do ego, e do local também, por ser de fácil acesso vem
alterar a forma em que o exercício da mente e do raciocínio eram condição
importante e obrigavam a refletir para apurar resultados e o desenvolvimento
cognitivo, para uma nova forma em que o conhecimento deixa de se alojar no
cérebro humano numa zona conhecida por memória originando a estagnação mental e
cognitiva, porque passou a ser portátil. Passou para a memória artificial de um
qualquer telemóvel, de um qualquer PC, de um qualquer GPS, entre outras
memórias que concentram informação ou simplesmente a transportam.
O Google, um dos
diversos motores de busca internacionais, funciona como um “upgrade” ao saber
falacioso que se pretende mostrar ter, mas que se não tem. Dotando de literacia
artificial o individuo e que se esgota no momento em que é usada por
desinteresse uma vez que pode ser usada sempre que necessária.
Temos por esta via
uma nova faceta do conhecimento alojado, da sua disponibilidade e do seu
interesse, sempre que é necessário, no local em que for necessário.
E, a iliteracia, já é, uma realidade
preocupante com que todos nos deparamos no nosso quotidiano ao aceitarmos como
sendo natural o desconhecimento coletivo sobre matérias essenciais que a médio
prazo limitarão a informação a fornecer aos diversos “Dr./s” Google/s correndo
sério risco de parar no tempo por falta de novo conhecimento a introduzir.
O conhecimento temporal necessário a todos os
Homens!