Por ocasião de mais um
jantar de confraternização dos Amigos do Grande Clube dos Pensadores, no fim do
ano, ao qual muito gostaria de estar associado mas que a minha vida
profissional no estrangeiro mo impede, com imensa pena minha, gostaria de
deixar uma breve mensagem aos amigos e membros deste CLUBE soberbamente
capitaneado por ti.
As minhas atividades em 2016
centraram-se quase sempre no estrangeiro em três Continentes e por isso não tive
a oportunidade de participar das atividades do CdP, como gostaria, porque é o
lugar diferente onde me sinto com voz, aprendendo muito com a observação do
ambiente, ouvindo, debatendo e conversando com amigos que prezo.
O Serviço público que o
Clube sob a tua orientação e coordenação tem feito em Portugal é absolutamente
admirável e inigualável. Pelos países por onde tenho passado tenho falado do
CdP e do conceito, das pessoas que por lá têm passado e que tudo é “de borla” e
as pessoas ficam admiradas, pois nada disso existe em nenhum destes
países.
Num mundo que caminha para o
desconhecido devido à disrupção económica que a 4ª revolução industrial está a
trazer a um mundo globalizado, sem controle tradicional dos poderes
instituídos, um forum de debate como o CdP é cada vez mais importante.
De facto, estamos à beira de
uma revolução tecnológica que vai alterar fundamentalmente a maneira como
vivemos, trabalhamos e nos relacionamos uns com os outros. Em sua escala,
alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que a
humanidade tenha experimentado antes. Ainda não sabemos como se desenvolverá,
mas uma coisa é clara: a resposta a ela deve ser integrada e abrangente,
envolvendo todas as partes interessadas da política global, dos setores público
e privado à academia e à sociedade civil. O CdP pode desempenhar um papel
determinante com a força que tem demonstrado ao longo destes anos todos e que
tu, Joaquim Jorge, com a perspicácia, olhar arguto e muita inteligência longe
viste o futuro.
A Primeira Revolução
Industrial usou a água e vapor para mecanizar a produção. A Segunda usou a
energia elétrica para criar a produção em massa. A terceira usou a eletrónica e
a tecnologia da informação para automatizar a produção. Agora, a Quarta Revolução
Industrial está a ser construída sobre a Terceira, a revolução digital que está
ocorrendo desde meados do século passado. É caracterizada por uma fusão de
tecnologias que está a esbater as linhas entre as esferas físicas, digitais, e
biológicas e que não sabemos as consequências.
O Clube dos Pensadores já
está na quarta Revolução do civismo e participação política em Portugal,
abrindo horizontes, rompendo barreiras do inconformismo, sem amarras nem
grilhões a impedir a liberdade das ideias, sejam de esquerda ou de direita,
muito bem coordenada pelo fundador e idealizador desta lufada de ar fresco na
paisagem sociopolítica do nosso país, meu Amigo Joaquim Jorge.
Desejo-te a ti, aos teus e a
todos os Amigos e Membros do Clube dos Pensadores um excelente momento de
convívio e aproveito a oportunidade para desejar um Feliz Natal a todos e que o
ano de 2017 seja o do “renascimento” da esperança em Portugal e Prosperidade
para todos.
Um Abraço do
Mário Russo