Daniel Braga |
A alegria
do Natal e do novo ano que espreita não pode mascarar a tristeza, a dor da
perda, o recolhimento pelo sofrimento alheio, as guerras, as incompreensões e a
violência, o autismo dos vários poderes imunes à exigência dos que não desejam
guerras e agressões e apenas suplicam a Paz e o sentido do Humanismo perdido,
como matriz da união dos Povos. Mudanças de atitudes e gestos de solidariedade,
gestos nobres num mundo rodeado de crueza, ódios e desumanidade. Que mundo este deixaremos às nossas crianças? Que
mundo é este em que não nos compreendemos e não sabemos perdoar e esquecer? Que
mundo é este em que hipotecamos o futuro e a felicidade em prol da ganância dos
actos e das atitudes inconsequentes, do formigar de ódios mesquinhos, do
espezinhar do próximo, do não saber estar e não saber agir? Somamos expetativas
de paz, alegria, felicidade e amor mas esquecemo-nos que todas estas matrizes
se vão construindo, valorizando e renovando em cada momento, em cada atitude,
na vivência de cada um no seu quotidiano.
Que o Natal seja isso! Um somar de boas vontades na
construção de um mundo novo, mais solidário, mais humano e menos mesquinho.