Joaquim Jorge, fundador do Clube dos
Pensadores, é alvo de queixa-crime, pelo presidente da CM
Gaia
Enquanto cidadão e fundador do Clube dos Pensadores fui convocado para comparecer no passado dia 21 de Junho no Tribunal de Gaia, na qualidade de denunciado.
Apurei então, ter sido alvo de uma denúncia crime por
alegada difamação, apresentada pelo Presidente da CM Gaia, em virtude de um
texto postado no blogue do Clube dos Pensadores no dia 2/09/2015 http://clubedospensadores.blogspot.pt/2015/09/joaquim-jorge-perseguido-por-expressar.html ,outro no meu FB pessoal.
https://www.facebook.com/joaquim.jorge.CdP/posts/10207612857620115 , e outro ainda, postado no blogue clube dos Pensadores, no dia 4/11/2015 http://clubedospensadores.blogspot.pt/2015/11/liberdade-de-expressao-em-gaia.html
https://www.facebook.com/joaquim.jorge.CdP/posts/10207612857620115 , e outro ainda, postado no blogue clube dos Pensadores, no dia 4/11/2015 http://clubedospensadores.blogspot.pt/2015/11/liberdade-de-expressao-em-gaia.html
Os factos aí referidos foram-me transmitidos por uma
pessoa que, até prova em contrário, reputo de idónea, credível e merecedora da
minha confiança.
O que me foi transmitido feriu a minha dignidade pessoal
e profissional e, foi nessas circunstâncias, de boa-fé e crente na veracidade
daquilo que me tinha sido transmitido que tomei a resolução de escrever os
textos em causa.
Fi-lo, em defesa da minha honra, bem como, no exercício
de um direito: preservar a minha liberdade de expressão que está consagrada na
Constituição da República Portuguesa.
Sem embargo de, há muito tempo haver indícios que o presidente da CM Gaia tem dificuldades em conviver salutarmente com os seus
críticos, não esperava que tais escritos, tivessem merecido tanta atenção e
preocupação.
Com o devido respeito, entendo que o
dever de um presidente de Câmara é resolver os problemas dos cidadãos do
município que governa , prestação de contas, e não, valorizando minudências e
querelas estéreis.
Sem ironia, esperava que o presidente
da CM Gaia, entendesse as críticas que lhe foram endereçadas, como algo com o
qual quem está no exercício de cargos públicos, tem de conviver, as tivesse
encarado como uma manifestação de liberdade de expressão, e as escutasse sem
ressentimentos.
Ao contrário de outros, não me move a vaidade pessoal, a
ânsia de protagonismo, e sobretudo, podem estar descansados, a procura de cargos
políticos.
Aquilo que sempre motivou o meu percurso de vida e
intervenção cívica, foi a defesa do livre pensamento, do debate de ideias, do
interesse público, mesmo à revelia das amarras instituídas pelos areópagos dos
aparelhos partidários, de que muitos necessitam para se alcandorarem a cargos e
honrarias efémeras.
Exemplo paradigmático do que afirmo,
radica no facto do Clube dos Pensadores, ser um exemplo, claro e patente da
liberdade de pensamento e expressão.
Em virtude, da minha intervenção
cívica, no tempo do antecessor na CM Gaia, Luís Filipe Menezes, fui agraciado
com uma medalha de mérito cívico pelo desempenho do Clube dos Pensadores.
Agora, quero crer que por coincidência,
o presidente da CM Gaia, entendeu galardoar-me com um processo-crime por alegada
difamação!
Confio e respeito os Tribunais, e como
não acredito no delito de opinião, jamais os utilizarei como arma de arremesso
político, com o intuito de silenciar vozes incómodas. Aguardo serenamente e com
a consciência tranquila.
Ao longo da minha vida sempre pautei os
meus actos de intervenção cívica pela frontalidade e defesa dos ideais que
pugno. Mas isso nunca me impediu de conviver, sadiamente, com todos aqueles que
têm outra visão da política, da cidadania e até da
liberdade.
Por isso, não posso aceitar que, quem
quer que seja, possa querer, de alguma forma, cercear a liberdade de exprimir as
minhas ideias e convicções.
Por conseguinte, por respeito aqueles que acreditam em
mim, no Clube dos Pensadores, em suma, na liberdade de expressão, enquanto valor
inalienável da democracia, já mandatei o meu advogado, para que este tome todas
as providências adequadas à legítima defesa dos meus direitos. E, não ponho de
parte mover uma acção ao presidente da CM Gaia.
Joaquim
Jorge