Hercília Oliveira |
É por tudo isto, uma pessoa cativante e que tem na arte de comunicar a sua
mais- valia, e que lhe acrescenta por isso ,uma grande simpatia por parte
de todos os que o conhecem e que com ele privam.
Mas é também, uma pessoa que por vezes usa certas formas de comunicar um
pouco "levianas": como por exemplo, quando em campanha para a eleição para a
Câmara Municipal de Lisboa, foi tomar banho no Tejo.
E talvez por isso mesmo..., o resultado foi uma banhada.
Mas uma coisa é certa, Marcelo Rebelo de Sousa é uma figura política
simpática e popular.
O problema, é que com essa imagem simpática e popular com que Marcelo
orientou a sua campanha para a Presidência e sobretudo a sua tomada de posse,
vai ser muito responsável e responsabilizado, por tudo que dele esperam, que
estão expectáveis, e que ele na sua maioria não vai poder corresponder.
Eu vi, cenas passadas no Porto, no dia seguinte à tomada de posse, em que
as pessoas tiveram atitudes para com Marcelo, como se de um Papa ou de um Deus
se tratasse!
Mas, Marcelo não é uma coisa nem outra.
Marcelo é simplesmente, um Presidente da República, que com todas as
limitações que um regime semi-presidencial
lhe permite, pouco ou nada pode fazer em relação ás expectativas que estão
criadas à sua volta.
E esse é o grande risco que Marcelo corre. Daqui para a frente, muito lhe
vai ser exigido, e muito do que lhe exigem, pouco ou nada ele poderá dar.