Depois de saber os resultados finais das legislativas pelos círculos Europa e fora da Europa, que elegem mais 4 deputados. A composição da Assembleia da República fica assim distribuída: PSD+CDS = 107 deputados; PS=86 deputados; BE = 19 deputados; PCP= 17 deputados; PAN =1 deputado. A coligação já tinha 104, mas como elegeu mais 3 fica com 107. O PS tinha 85, como elegeu mais 1 fica com 86.
Cavaco Silva como constitucionalista exacerbado vai respeitar a tradição de quem ganha as eleições. Vai indigitar Pedro Passos Coelho.
António Costa se tiver um acordo com o PCP e BE pode vir a votar a favor uma moção de rejeição do programa de governo do PSD/CDS.
Mas aqui é que está o busílis da questão. Há um documento assinado pelos candidatos a deputados do PS de que estão vinculados à orientação da direcção do PS, em questões nevrálgicas de governação.
Mas neste nó pode acontecer o haraquiri de António Costa. Os deputados do PS da linha segurista alegando a autonomia do mandato segundo a Constituição podem não seguir as orientações de António Costa. Todos sabemos que não concordam com a sua orientação política, desde sempre, tudo farão para que abandone o cargo de líder do PS.
Fazendo contas: para passar um programa de governo é preciso 116 deputados (o total de deputados na AR é de 230). A coligação tem 107, precisa de 9 deputados do PS que votem a favor. Podem no dia de votação faltarem vários deputados ou votarem a favor da coligação ou absterem-se.
JJ