Joaquim Jorge, fundador do CdP convidou Miguel Cadilhe para estar presente, no seu 9.º aniversário, no dia 16 de Março, segunda-feira, pelas 21h30, no Hotel Holiday Inn em Gaia. Antes do início do debate, pelas 21h, serão projectadas fotografias de momentos marcantes ao longo destes nove anos.
Miguel Cadilhe é um reputado economista e professor universitário que não está na vida política activa, mas foi Ministro das Finanças do governo de Cavaco Silva e secretário de Estado do Planeamento do governo de Sá Carneiro. Esteve no Conselho de Administração de vários bancos ( BPA; BCP, BBI, etc. ), chegando a presidir o BFE e o BPN por escassos meses.
O debate não deixará de abordar a actual momento político: a saúde da economia e finanças portuguesas. A dívida pública finalizou o ano de 2014 em 128,7% do PIB, acima das previsões feitas pelo Governo segundo o Banco de Portugal. É uma descida face aos 131,4% registados no final do terceiro trimestre de 2014, mas significa uma subida em relação ao final de 2013. Por outro lado, a Comissão Europeia incluiu Portugal, no grupo de países onde estão França, Itália, Croácia, Bulgária que se encontram sob vigilância devido a desequilíbrios macroeconómicos excessivos.
O CdP nasceu em Março de 2006 ,contra o desinteresse por parte dos cidadãos e desconfiança nas instituições. Os cidadãos acreditam cada vez menos nos políticos, sendo prova disso a fraca participação nos actos eleitorais.
É um espaço de activismo cívico e uma nova forma de participação cívica, procurando aproximar os eleitos dos eleitores.É uma forma de democracia participativa, que serve de complemento aos partidos, não os querendo substituir, todavia a democracia não se esgota no voto.
Os partidos têm cada vez mais dificuldade em chegar às pessoas,concomitantemente as pessoas têm dificuldade em se fazerem ouvir e participarem.
No CdP estamos a tentar inventar novas formas de fazer as coisas, contra uma presença humana vazia, resultado de um processo de expectativas defraudadas, de frustrações acumuladas . Procuramos denunciar e que se tome consciência.
Há uma responsabilidade quando vivemos numa Democracia: ela não sobrevive a menos que alguns de nós se envolvam, a menos que haja massa crítica, que gastemos algum tempo a votar, a ler o jornal e a pensar.
A intervenção do Clube passa pelos debates, blogue aberto aos cidadãos, palestras, publicação de livros , artigos de opinião , comentário e análise política.
Esta crise actua como uma lupa, em que mostra os defeitos da democracia que já existiam, mas não se tinha a exacta percepção.
A resposta a esta crise está entrelaçada : a resposta para a saída da crise está na política e nos políticos , mas por sua vez a política e os políticos estão em risco pelo descrédito e má imagem na opinião pública.
CdP