Hercília Oliveira |
Se perguntarem a qualquer pessoa se gosta ou quer austeridade, com certeza
que a resposta será: NÃO!
E sobretudo nesta sociedade de consumo, o que a maioria gosta é de gastar.
E tal como os bancos, que não se interessaram saber se a quem emprestavam
teriam dinheiro para pagar, também as pessoas se endividaram sem fazer ideia de
como iriam pagar.
Ora os gregos, gastaram de tal forma e com uma tão grande
irresponsabilidade..., que tiveram que recorrer aos "malvados credores" pois só
eles lhes podiam emprestar.
Ora aparece o Syriza..., e promete:
aumento de salário quase em 200 euros; reposição nas reformas; reintegrar
desempregados públicos ( que eram já escandalosamente excessivos...), e acabar
com a austeridade, como que bastasse carregar num botão e logo
desaparecia.
O Syriza quer alterar tudo e
exigindo colaboração dos outros países.
Ora o Syriza esquece que já foram mais
beneficiados que outros que estão na mesma situação.
A Grécia já teve condições melhores que Portugal, e que todos os outros
países votaram a favor.
A Grécia, só começa pagando juros a partir de 2020. Não pode agora aparecer
como a coitada que ninguém compreende!
Mas..., ainda fizeram mais: afrontaram arrogantemente quem lhes emprestou,
e de quem continuavam precisando para sobreviver!!!
" Recomendei insistentemente a Alexis
Tsipras, que se desarme no plano verbal.
Seria avisado parar com os ataques a Angela
Merkel"
( Martin Schulz )
O ministro das finanças grego, Yanis
Varoufakis, diz que não aceitará mais
ordens .
Não quer mais nada com a Troika.
Começou por dizer que não pagava a divida ; agora já admite pagar
alguma.
Recusou quase tudo que havia sido acordado, como se fosse um país sem
precisar do dinheiro de todos, e agora ainda exige que aceitem tudo como ele
quer!?
Há porém em tudo isto, uma grande esperteza por parte do Syriza:
Eles vão..., aliás já estão, começando a querer dar a imagem a quem neles
votou, de que os culpados de não poderem cumprir o que prometeram, são dos
malvados credores e dos países que não concordam com eles, e não eles, mesmo
sabendo que estavam prometendo o que não podiam nem deviam.
Eu também vou prometer a que eu quiser, que lhe vou dar um Ferrari;
depois..., vou acusar o Banco por ser o culpado de não cumprir o que
prometi.