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Tereza Halliday |
Admiro os que
conseguem fazer caber nas 24 horas de um dia, conexões com Facebook, Whatsapp,
Instagram, blogs, e-mail e ainda trabalhar, cuidar da saúde e da casa, comer,
descansar, viver. Não é por ser quase analfabeta no manuseio das telinhas, que
vou detratar o smartphone, mais “smart” do que eu. Lembrando que este termo
inglês significa tanto “inteligente”, como “esperto”. E bote esperteza nisto!
Deplorar o uso constante das telinhas é preconceito dos mais velhos. Usá-las
sem parar é babaquice dos mais novos.
Os bem mais velhos, que
conheceram tempos sem máquina de lavar roupa e até mesmo sem refrigerador em
casa, sempre me disseram: “Hoje é melhor”. O conhecimento de nova técnica (é
simplesmente este o significado da palavra “tecnologia”), sempre chega
desarrumando o jeito de viver, para depois instituir outro jeito irrevogável,
que se torna hábito, saudável ou não. As telinhas que nos abrem mundos e o
mundo não são culpadas da falta de noção e frivolidade de certos usuários
ininterruptos e desorientados, que ainda não encontraram o link “bom senso”.
Diário de Pernambuco
01/12/2014)