
Outra marinhice de Marinho e Pinto que exigiu exclusividade no cargo de bastonário, preconizou manter o seu vencimento depois de cessar funções por um período de tempo. Ficou decidido que esse subsidio seria equivalente a metade do vencimento anual. Qualquer coisa como 54.460€.
Este Marinho e Pinto é uma figura, mas fala na primeira pessoa, mas para os outros. Analisando os relatórios da OA revela , por exemplo que em 2009 ganhou 120.000€ - cerca de 30% do total gasto pela Ordem em honorários.
Para além de instituir a si próprio um ordenado na OA, não deixou de ter carro de serviço, com combustível pago,portagens e motorista de serviço. Esta marinhice não tem nada de novo, todos os políticos sempre que podem arranjam este tipo de serviço- extra e outros.Porém não fica bem para quem diz que é diferente e não utiliza as instituições para si próprio.
Eu, depois eu, e acima de tudo eu. Acha que um deputado europeu ganha imenso dinheiro para o que faz, mas não abre mão, nem abdica desse salário chorudo.
Marinho e Pinto defende mudanças no sistema político, na lei eleitoral e preconiza alterações que a maioria dos cidadãos mais atentos está de acordo e subscreve. Muitos já as defendem há muito tempo, ainda Marinho e Pinto era bastonário.
Porém Marinho e Pinto, a personagem que quando abandonou o lugar de bastonário disse logo a seguir que gostaria de ser Provedor de Justiça ou Ministro da Justiça.
Acho que as coisas estão mal mas não podemos querer correr com os políticos todos e que venham outros que pelo que se vê podem não ser melhores.
A tendência é essa, mas pelo que vemos pela Europa fora essa esperança de mudança pode tornar-se um tormento.
A única forma de se pressionar o sistema político e estes políticos será a abstenção. A sua legitimidade sai diminuída e ferida de morte. São na mesma eleitos não fazem caso mas o sistema implodirá por dentro.
Estas marinhices fazem pensar e agitar as águas. Mas gosto mais da atitude de António José Seguro que ao abandonar o cargo de secretário-geral do PS abdicou do Conselho de Estado e de ser deputado. Atitude exemplar e de grande elevação.
Não se pode estar num cargo a pensar logo a seguir noutro. A política pública não é mercearia, mas parece...
JJ