Às
vezes queria dizer tanto, que termino num silêncio amordaçado.
Às
vezes, nem quero dizer, apenas encostar-me na beira da janela e imaginar ver o
mar.
Às
vezes sonho, quando na verdade queria estar nele acordado.
Às
vezes nem quero sonhar, penso naqueles que me fazem falta, e estico a mão para
os alcançar.
Às
vezes corro tanto, que iria muito mais longe se tivesse ficado.
Às
vezes nem quero correr, tudo é demasiado para caber dentro, e escapa-se uma
emoção salgada.
Às
vezes… Tudo é saudade.
Luís Santos