O Jornal Público publicou uma
noticia no dia 16/01/14 de que eu tirei alguns excertos, que espero não tenha
desvirtuado o conteúdo:
“O Parlamento Europeu (PE) prepara-se para emitir uma
posição muito crítica sobre a acção da troika de credores
internacionais na concepção e gestão dos programas de ajuda a Portugal, Grécia,
Irlanda e Chipre, defendendo para o futuro a construção de um modelo
transparente e submetido a um controlo democrático.
Esta posição está expressa numa
primeira versão de um relatório apresentado nesta quinta-feira à Comissão
Parlamentar de Economia e Finanças do PE no quadro da investigação que está a
ser feita à acção da troika (Comissão Europeia,
Banco Central Europeu e Fundo Monetário
A generalidade dos eurodeputados
está de acordo sobre a falta de transparência e de controlo democrático
da troika, pondo claramente em causa a legitimidade das
políticas de consolidação orçamental e reformas estruturais impostas por esta
aos Estados ajudados.
É preciso que as decisões da troika sejam transparentes e
controladas democraticamente e que haja quem pague o preço político”, defendeu,
insistindo em que “os que os fizeram erros têm de pagar por eles”.
O projecto de relatório, que será
votado pelo PE em Março, “deplora”, por outro lado, o agravamento das
desigualdades na distribuição de rendimentos nos quatro países ajudados, a
par do aumento da pobreza em resultado dos cortes nos apoios sociais e no
aumento do desemprego, sobretudo dos jovens.
O texto critica igualmente os erros
feitos nas previsões económicas e lamenta que a dívida pública tenha disparado
nos quatro países apesar da redução dos défices estruturais.”
O que eu quero realçar desta
noticia, alem da referencia as politicas erradas de austeridade que a Troika
implementou nos 4 Países referidos, que se traduziram no agravamento das
desigualdades na destribuição dos rendimentos desses Países, no aumento da
pobreza e do desemprego, erros nas previsões económicas e no aumento da divida
publica, é que, finalmente, começam a criar uma consciência colectiva da EU,
através do seu Parlamento.
Eu não sei se esta posição vai
produzir alguns frutos. Mas realça a atitude anti-democrática e pouco
transparente de uma forca – Troika, que se ingere nos Países sob resgate,
desrespeitando as suas Constituições. Chama também a atenção, para a
necessidade de responsabilizar politicamente, quem fez os erros que levaram os
Países, ao ponto onde chegaram.
Pedro Liverpool |
Mas sei que, quem não contribuiu
para o melhoramento da situação desses Países (nomeadamente Portugal), foi quem
nada fez.