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Cavaco Silva , como sempre, fica no seu equilibrismo incompreendido, entre um governo de salvação nacional ,com PSD, PS e CDS , e eleições antecipadas no final do resgate, em Junho de 2014.
Cavaco Silva não dá, luz verde ao acordo celebrado entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, nem convoca, para já, eleições antecipadas, tal como defendem os partidos da oposição, PS, PCP e BE.
É tudo muito bonito , mas peca por tardio e irresolúvel . Dificilmente é aceite por todas as partes.
Esta atitude é tomada tarde e a más horas . Não agrada a ninguém e se calhar nem a ele próprio.
O que deveria ter sido feito , seria protagonizar um governo de iniciativa presidencial até Junho de 2014 e depois preparar novas eleições .
Não o fez , nem vai fazer. É um presidente sim, mas, não.
Esta decisão é um puxão de orelhas ao PSD e CDS e encosta Paulo Portas às cordas . Cavaco Silva não confia em Paulo Portas e nesta solução , por outro lado não quer dar de mão beijada o poder ao PS
Uma decisão que não agrada a ninguém ,vem no estilo "orgulhosamente só", e "eu é que sei".
Um imbróglio , em que estamos a caminho do precipício e de um segundo resgate.
Evidentemente que Cavaco Silva reitera, reafirma , até à exaustão que não tem responsabilidade nenhuma nesta situação,mas evidentemente que tem desde o tempo dos governos de José Sócrates.
Em vez de actuar , parece que deixa as coisas caírem de podre como uma maçã que cai da macieira por estar podre.
Um presidente, inapto, por inacção e confrangedor.
Portugal precisa de muita coisa, mas nunca de um Presidente deste género. Portugal merecia melhor Presidente.