08/06/2013

Pedro Santana Lopes

É com muito gosto e prazer que, de uma forma algo sui generis, “regresso” ao Clube dos Pensadores, através desta missiva, lida pelo meu querido amigo Joaquim Jorge, que merece todas as minhas felicitações pelo lançamento do seu livro “Pensamentos”.

Mas ainda antes de falar um pouco sobre os seus “Pensamentos”, gostaria de mostrar a minha gratidão a Joaquim Jorge pelo papel que tem desempenhado na promoção do debate de ideias e naquilo que eu considero ser um exercício de cidadania louvável. 
Joaquim Jorge tem assumido este papel com um espírito de missão, concretizado, em parte, através do Clube dos Pensadores, um espaço de reflexão crítica e de debate, que se tornou uma referência no panorama intelectual português.

É um fórum que vai muito além das discussões político-partidárias quotidianas. Aborda “a” Política… Aquela que se escreve com “p” grande, no sentido mais aristotélico… Aquela que é vista como a arte de governar ao serviço das pessoas e da comunidade.

Aliás, isso tem ficado bem evidente nos oradores convidados. Sejam de direita ou de esquerda, homens da política ou da cultura, da economia ou do desporto, ou até do sindicalismo, Joaquim Jorge tem tido o discernimento e, nalguns casos, a ousadia de convidá-los para poderem dar o seu contributo para uma sociedade mais esclarecida.
Uma das grandes virtudes do Clube dos Pensadores é a sua diversidade de “pensamentos”. É um espaço sem constrangimentos políticos ou amarras ideológicas… Sem ideias formatadas ou preconcebidas.

Por duas vezes já estive neste espaço, em 2008 e em 2009, e agradou-me a dinâmica e o ambiente que o Clube dos Pensadores proporciona e fomenta.
E de certa forma, é esse espírito que vejo espelhado neste novo livro de Joaquim Jorge, “Pensamentos”… A diversidade, a acutilância, o politicamente incorrecto, a clareza das suas ideias, a honestidade intelectual, a despretensão, a sinceridade…

E aproveito para fazer um apelo a Joaquim Jorge, para que não resigne na sua missão… Logo na primeira página do seu livro, o autor expressa um estado de alma: diz que está “esgotado mentalmente e cansado por tentar mudar o sistema em que vivemos”.

É meu desejo que Joaquim Jorge possa renovar as suas forças físicas e anímicas, para continuar a promover o trabalho meritório e importante no âmbito da cidadania, em particular no Clube dos Pensadores.

Despeço-me com um abraço a Joaquim Jorge e uma saudação especial a todos aqueles que tiveram a amabilidade de ouvir este pequena missiva.
Pedro Santana Lopes